1

Foto do Surfista Prateado em Quarteto Fantástico 2

Finalmente temos a foto do Surfista Prateado na sequência do grande sucesso Quarteto Fantástico, baseado nos quadrinhos da Marvel. Quem me conhece sabe que eu sou louco pela nona arte e todo filme com a marca Marvel merece a minha atenção. Claro que essa marca não garante a qualidade do filme, mas até agora todos os filmes da editora foram satisfatórios, no mínimo (exceto Elektra, que ninguém viu). Dentre eles, tivemos Homem-Aranha, X-Men e o divertidíssimo Quarteto Fantástico. Pelas imagens que têm sido liberadas na internet, o próximo filme vai ser tão bom ou melhor que o primeiro. Nós, fãs, não perdemos por esperar...
Para ver a foto, clique aqui.

0

Vôo United 93

Marcadores: , ,

Este não é um filme sobre heróis e vilões, embora eles estejam lá, cada um à sua maneira. Antes de qualquer coisa, Vôo United 93 é um filme sobre ações que fazem toda a diferença. Como reagir a uma situação de total desespero, como tomar uma decisão que pode acabar com sua vida? O filme, dirigido por Paul Greengrass (dos ótimos Domingo Sangrento e A Supremacia Bourne), trata do quarto avião sequestrado por terroristas radicais islâmicos no fatídico 11/09/2001. O avião não atingiu nenhum alvo, porque os passageiros se rebelaram e tomaram o controle da aeronave, mesmo não tendo sobrevivido.
Em tom documental, Greengrass entrega um filme tenso, repleto de suspense, sem desenvolver nenhum personagem, que é um recurso usado para fazer com que a audiência sinta-se envolvida com as vítimas. Não é necessário usar tal recurso, uma vez que temos a impressão de que estamos presenciando algo real, palpável. O clímax traz uma das cenas mais angustiantes já vistas no cinema; sozinha, essa cena vale a locação. Paul Greengrass não é Michael Moore, portanto não tenta defender lados, mas apenas mostrar uma história, de pessoas comuns, tomando uma atitude extrema, em um momento incomum. E isso é cinema de verdade.

3

Com quem será...

Hoje dei um passo importante em direção ao dia mais importante da minha vida: paguei o primeiro aluguel da casa onde vou morar com minha esposa, Aline. (Antes que alguém queira me dar conselhos sobre morar em casa alugada, aviso: já ouvi todos eles)
O fato é que em toda a minha curta existência, nunca me senti tão tenso como tenho me sentido nos últimos dias, às véperas do enlace. Parece que todo o planeta está de olho em mim, como que me espreitando para ver a que horas vou cair. Claro que não sou Tom Cruise, e minha noiva não é Katie Holmes, e sei que essa sensação é isso, uma simples sensação. Apesar disso, ainda sinto essa tensão. Um medo, um pensamento que me diz que não sou capaz de lidar com uma responsabilidade tão grande como o casamento. Procuro me concentrar nos estudos quando estou na faculdade, no trabalho quando estou em sala de aula (sou professor), mas simplesmente não dá. Sei que isso é assim mesmo, que todo mundo se sente assim, mas caramba, é muita coisa...

5

Doce contradição...

Deu na net: a novela Rebelde será cancelada por baixa audiência. Até o folhetim da Record, Bicho do Mato, está dando mais audiência! Temos aí uma contradição. Por um lado, o grupinho de 23ª categoria RBD é um sucesso em sua passagem pelo Brasil, lotando estádios e coisa e tal, por outro, os fãs da novelinha não estão dando bola para a trama. Essa notícia muito me agrada, já que não aguentava mais todo esse frisson com uma coisa tão ruim quanto estes Rebeldes, ou qualquer outra coisa da TV que venha do México! Leia a notícia aqui.

2

Sem Sorte - Ricardo Gondim

Atenção, senhores passageiros da nave terra, aqui lhes fala o comandante. Estamos nos aproximando perigosamente do abismo e não tenho como reverter nossa queda. Por favor, apertem os cintos e fechem os olhos. Rezem, e seja o que Deus quiser.O mundo ruma para seu aniquilamento. Breve chegará o "doomsday", o juízo final. Já se ouvem o galope dos cavalos apocalípticos, o rufar dos tambores do Armagedon e os ais das mães que amamentam. Os canários silenciaram e os corvos se multiplicaram.
Falta pouco para os prados se converterem em lixões e os mares em esgotos. Leões ficarão sem cordeiros para cumprirem antigas profecias de pastarem juntos; com as cobras extintas, meninos colocarão suas mãos em tocas sem nenhum perigo. Dante se popularizará; Kafka se sentirá vingado. Será fundada a Gotham City da Nova Era.
O que esperar de um mundo onde as guerras são normais e, milhares de anos depois, a paz uma aberração? O que esperar de um mundo onde porcos vivem melhor do que gente?
Não tem jeito. Enquanto houver preguiça intelectual na academia, preconceito racial na avenida e covardia moral nos palácios políticos, nenhum futuro chegará. Enquanto cientistas dependerem dos investimentos das transnacionais viciadas em lucro e militares continuarem encabrestados pela indústria bélica, a sorte do planeta estarácomprometida.
Não tem jeito. Enquanto religiosos permanecerem otimistas, cegos por suas certezas inoperantes, nãohaverá esperança. Enquanto homens e mulheres de boa vontade não sujarem seus pés de lama, arregaçaremas mangas e sairem das zonas de conforto para promoverem a justiça, não haverá futuro.
Não tem jeito. Enquanto não se alastrar a percepção de que imoralidade significa conspirar contra a vida sem se restringir ao moralismo sexual, não há como acreditar em dias melhores.
Não tem jeito. Equanto Mamom continuar idolatrado e a alma de homens e mulheres comercializada naBabilônia, não se pode antecipar a paz.
Pela estultícia de muitos não se falará em fé; pela arrogância de muitos, não restará pedra sobre pedra; pela inclemência de muitos, o amor esfriará.
Quem sabe um chute na boca do estômago possa gerar uma vontade estúpida de reverter o prognóstico ruim? Espero que sim.
Soli Deo Gloria.

1

Borat é o cara!

Me deparei com um personagem que é a coisa mais engraçada dos últimos tempos. E essa opinião não é só minha, já que o filme dele é o campeão de bilheteria nas últimas duas semanas nos EUA. Seu nome é Borat. O repórter mais desastradamente genial que já existiu! Vindo diretamente do Cazaquistão, Borat é um jornalista que chega aos "Estados Unidos & América" para aprender mais sobre a cultura americana e levar tudo o que encontrar de bom para sua "gloriosa" nação. Uma verdadeira crítica ao modo de vida americano e muçulmano ao mesmo tempo, Borat é genial! Quem quiser (e entender um pouco de inglês), basta clicar aqui para assistir à entrevista dele no David Letterman: hilário é pouco para definir este momento único da internet! Borat, definitivamente, é o cara!

2

Capote

Marcadores:

Em 14 de novembro de 1959, dois homens à procura de dinheiro invadem a casa da família Clutter, no estado do Kansas e matam a todos, em um total de quatro pessoas mortas cruelmente. O fato ganha repercussão nacional, chamando a atenção do escritor de sucesso pelo livro Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's), Truman Capote. Imediatamente, Capote percebe que ali está uma boa história para uma reportagem da revista New Yorker, onde é colaborador. Quando se depara com um desastre muito maior do que apenas mais um assassinato, ele decide que fará desta história seu próximo livro. Junto de sua assistente e confidente Nelle Harper-Lee (que posteriormente escreveria o clássico O Sol é Para Todos), Capote inicia uma jornada de investigações e entrevistas que incluem pessoas da pequena cidade, policiais, amigos das vítimas e até uma amizade improvável com um dos assassinos, Perry Smith. A jornada duraria cinco anos, até a execução dos criminosos.
É este trecho da vida de Truman Capote que é abordado no filme Capote, do diretor estreante Bennet Miller, tendo Phillip Seymour Hoffman no papel principal. Hoffman toma o controle do filme inteiro, ao conseguir reproduzir todos os trejeitos do autor homossexual assumido. Cada vez que ele anda, fala, ri, e mesmo quando encosta as mãos no rosto, pensamos estar vendo o próprio Capote, em sua difícil empreitada para inaugurar o gênero literário "romance de não-ficção", batizado por ele mesmo. O livro em questão seria seu maior clássico, A Sangue Frio (In Cold Blood). Maior e último. Nunca mais ele voltaria a escrever, tamanho foi seu esgotamento físico e mental diante de tão exaustiva tarefa. O filme é imperdível. Em cada fotograma se justifica o Oscar ganho por Phillip Seymour Hoffman este ano. Da mesma maneira, em cada fotograma tem-se a nítida impressão de estar vendo o próximo grande ator de Hollywood.
O verdadeiro Truman Capote

2

Oliver Twist

Não foi um fim de semana fácil. Em três dias, todos os filmes que assisti me fizeram chorar, me revoltar, me envolver, e sair abalado. Dentre os filmes enfrentados, estão Irmão Urso, Olga, O Óleo de Lorenzo e este Oliver Twist.
Dirigido por Roman Polanski, diretor oscarizado por O Pianista, esta versão em celulóide da obra clássica de Charles Dickens é um primor visual. Com uma direção de arte excepcional, o espectador parece viajar no tempo e descobrir uma Londres que não tem nada de romântica ou idílica. Suja, fétida e implacável com os fracos, a capital inglesa é mostrada em sua essência, com todos os problemas de uma metrópole do século XIX. É neste lugar que chega Oliver (o estreante Barney Clarke), um órfão sem sobrenome, tentando sobreviver. O menino, de apenas 10 anos, não tem perspectiva nenhuma. Não sabe ler, não possui a malandragem das ruas, portanto pode ser ludibriado por qualquer um. E é justamente o que faz um ladrão trambiqueiro chamado Fagin (Ben Kingsley, irreconhecível), que alicia meninos para roubarem coisas nas ruas e trazê-las para ele. Ao mostrar esta relação dúbia entre Oliver e Fagin, o filme dá a entender que o velho malandro tem seu coração tocado pela ingenuidade e pureza de Oliver, ao mesmo tempo o desprezando e o amando.
O filme é uma sucessão de tipos mau-caráter, dando a impressão que não havia quase ninguém de boa índole naquele tempo! Felizmente, a maldade não era regra, já que Oliver encontra o Sr. Brownlow, um homem bondoso que também é tocado pelo menino. Emocionante, tocante, Oliver Twist me deixou com um sorriso no canto da boca. Espero que deixe você também.

0

Dia dos Vivos

Nunca entendi bem o porque de certos feriados (a maioria deles), mas definitivamente o mais estranho deles é 02 de novembro, Dia de Finados. Se a gente pensar do ponto de vista comercial, arrumaram um jeito de lucrar até com os que já partiram dessa (se para melhor ou para pior, depende), basta constatar quantas flores são vendidas nesse dia; pelo ponto de vista emocional, não faz o menor sentido, já que cada pessoa morreu em um dia diferente, daí ser desnecessário criar um único dia para "celebrá-los". Então, alguém pode me dizer por que perdemos tanto tempo com feriados inúteis?
Tenho uma certeza: como somos um país colonizado por portugueses católicos hipócritas, a maioria dos nossos feriados são fruto dessa invasão. E se a gente parar para pensar, são poucos os feriados realmente brasileiros. E se pensarmos um pouquinho mais, feriados não passam de uma desculpa para tirar um dia de folga e fazer inveja àqueles pobres coitados que têm que labutar em pleno descanso geral do resto do país.
De qualquer maneira, vale a pena refletirmos um pouco sobre a razão intrínseca que nos faz querer sempre mais e mais feriados, visto que criamos novos deles a cada ano. O que são os "feriadões" se não criações coletivas anuais? Será que realmente não gostamos de trabalhar? Ou será que compreendemos a necessidade de parar, relaxar, ler um livro, fazer amor, assistir um bom filme, ou simplesmente não fazer nada?
__________________________________
Feriado após feriado, a vida continua...

0

Mas afinal, onde eu quero chegar?

Meu casamento está às portas. Só falta dois meses! Quando eu olho para trás, vejo tudo pelo que passei até chegar aqui, e percebo que ainda não realizei 10% do que desejo, do que sonho minha vida toda. E isso é bom! Afinal, não tem a menor graça chegar aos 26 anos tendo realizado todos os sonhos. Sim, porque sonhos se esgotam, e muitas vezes são difíceis de recuperar. Alcançá-los antes dos 30 anos, sei lá, deixa a vida sem graça. Tem fascínio a luta pela realização dos anseios.
Mas onde, afinal, eu quero chegar? Quero dizer que, aproximando-se meu casamento com a mulher da minha vida, começo a ver que a vida está começando agora. Digo, uma nova fase, algo totalmente diferente de tudo o que já vivi. A vida é uma sucessão de acontecimentos novos, novas sensações, rotinas novas a cada dia (se é que isso é possível). É essa vida que eu quero experimentar, e tenho plena consciência de que posso vivê-la casado com a pessoa que amo. É claro que não será "uma cama de rosas", como diria Bon Jovi, mas sei que viver é isso: passar por frustrações e ver tudo sendo amenizado por um sorriso, por um toque, por um verso. Seria insossa a vida sem problemas, sem preocupações, uma vez que tudo isso acrescenta, ensina.
Mas afinal, onde eu quero chegar?
E a vida continua...

4

Domingo

Já tem algum tempo que eu não falo de política. E vou continuar não falando. É que acabei de lembrar que domingo é dia de eleição (de novo!). Já sei que meu candidato vai perder, mas não é sobre isso que eu quero falar. Sei que o povo está fingindo não ver a ladroagem desenbestada que se instalou no governo, mas não quero comentar isso também. O que me deixa besta é ver nossa floresta amazônica sendo dividida e vendida aos pedaços para ser explorada por estrangeiros, com a bênção do Lula, mas também não tenho nada a falar a esse respeito. É que para mim é complicado assistir na tevê o Lula confessar que errou, que roubou, mas fez; não, não é sobre este lamentável episódio que falo neste post. Quero falar que domingo é dia de eleição, que tem fila para votar, que tem contagem de votos, que tem Lula ganhando, que tem o povo perdendo (mas achando que está com a bola toda), que tem eu continuando com minha vida, lutando, arriscando, perdendo, vencendo, enfim: vivendo!

6

Machado, Mozart e eu

Na última semana, meu pai adquiriu para nosso colégio uma coleção de 20 livros clássicos da literatura portuguesa e brasileira. A seleção inclue obras de Lima Barreto, Manuel Antônio de Almeida, Castro Alves e... Machado de Assis! Como agora não tenho mais desculpas para não ler os clássicos - não que eu nunca tenha lido, mas ultimamente vinha me interessando mais pelos escritores ditos "pop" -, decidi começar minha jornada pelo CARA: Machado de Assis, é claro. De Assis, a coleção tem três livros. Escolhi o único que ainda não lera, Contos Fluminenses, uma coletânea de histórias recheadas de personagens urbanos, cuja única ligação é o fato de as histórias se passarem no Rio de Janeiro do século XIX.
Ao começar, minha primeira impressão foi que as produções televisivas ditas "épicas", nada têm de épicas, uma vez que seus autores parecem nunca terem lido uma só obra escrita naquele tempo, tamanha a diferença de hábitos retratados nos livros em relação aos vistos nas novelas "de época". Conforme a leitura ia avançando eu me deliciava com personagens extremamentes sinceros, ao menos para o leitor. Tipos como Luís Soares, do conto homônimo, que fazem de tudo para manter seu padrão de vida ligado à elite fluminense, até casar-se apenas por dinheiro. Machado manipula o leitor de tal forma, que a gente não sabe se torce pelo canalha ou se deseja-lhe um triste fim. É genial!
______________________
Quando fui ler o livro, coloquei no meu player um CD que havia acabado de comprar, com músicas de Mozart. Agora imagina: ler uma obra de Machado de Assis escutando a Serenata Noturna de Mozart! Puro deleite cultural!
______________________
E a vida continua...

5

Fala. E cala.

Quero saber o que dizer
Quando bastar dizer
Quero falar com o calar
Para calar o muito falar
________________
O discurso vazio aborrece,
o completo entedia
Saber me expressar é o que me seduz
Sedurzi-me-ei pelo olhar, porém.
_________________
Ter todas as respostas
Não é o que desejo
Penoso é ter todas as perguntas
Redigir tantas interrogações
_________________
Sim, eu quero saber ouvir
Ouvir quem sabe
Compreender a sabedoria
De quem supera níveis elevados
_________________
De fato, falarei até calar
Calarei quando morrer
Morrerei ao me calarem, então
Ouvirei o torpe som do saber...
_________________
... e questionarei o som.
_________________
(Filipe Malafaia Cerqueira, Aracaju, outubro de 2006)

3

Ex-tudo

Nunca gostei de estudar. Nunca fui um aluno exemplar, nem em matérias que me agradavam. Até os professores mais legais enfrentavam minha apatia constante. Isso não era maldade, não era desleixo proposital, era apenas eu mesmo. Nunca fui de esconder-me sob máscaras de caráter. Acontece que de uns tempos para cá, tenho curtido muito o estudo. Quando falo estudo, não digo o hábito da leitura, pois este sempre cultivei com muito prazer; falo de estudar mesmo, debruçar-se sobre um livro de física a fim de tornar-se "fera", uma espécie de garoto sabe-tudo.
Na universidade, tenho me empenhado em tirar as melhores notas da minha vida, e, adivinha só: tem dado certo! Isso se deve à maravilhosa ausência de disciplinas que lidem com números, seres subterrâneos rastejantes, e coisas assim.
Quer saber? Estudar é legal, e pode ser até divertido!
E a vida continua...

5

Tomando o suco da vida

Os últimos dias têm sido bastante atípicos para mim. Minha querida mãe sofreu um acidente: quebrou o pé. Diante deste fato, aconteceu uma reviravolta lá em casa, com a necessidade dos outros três membros restantes da família (minha irmã mais velha mora no Rio) se dividirem e realizarem as tarefas domésticas. A palavra certa é desdobramento, já que a gente teve que administrar nossas atividades diárias - trabalho, faculdade, namoro - de modo que houvesse tempo para cumprir com os afazeres domésticos.
Dentre os três, apenas meu pai é um exímio bombril: mil e uma utilidades. Ester, minha irmã, e eu, somos uma negação quando se trata de laborar no lar. Ou pelo menos, éramos. Agora nós estamos até nos acostumando a lavar a louça, varrer a casa, lavar o quintal, fazer comida, enfim, cuidar de tudo em casa. Com isso, eu percebi o quão é árdua a vida de uma dona-de-casa!
O pé quebrado da minha mãe me deu uma lição muito importante: a de que às vezes é preciso que algumas coisas grandes aconteçam para que nós demos valor às pequenas coisas. Aprendi também que se todo mundo fizer um pouco, ninguém fica sobrecarregado.
Na vida é assim: a gente tem que aprender com os acontecimentos ruins, afim de sugarmos o melhor de tudo. Porque não há nada nem ninguém inútil o bastante, que não tenha algo a nos ensinar.

3

Nada como um pouco de poesia para relaxar...

Aí vai um poema que minha mãe, sempre muito inteligente e contestadora, escreveu há poucos dias:
Quem?
Quem vem de lá,
Quem vem de cá?
Quem é quem,
onde ser alguém
é o mesmo que
ser ninguém?
Mas quem eu sou,
se na terra onde eu estou,
nada sou,
sou ninguém?
Mesmo João
ou José,
sendo Maria
ou Josefa
Tenho um nome
Mas quem eu sou?
João Ninguém,
ou um Zé Mané?
Uma Maria desdentada,
Zefa pé de chulé?
Ser ou não ser
é mesmo a questão?
Ou ter ou não ter
Define a questão?
Quem vem de cá,
Quem vem de lá?
São os filhos da riqueza
de uma pátria mãe gentil?
São os filhos da pobreza
de uma pátria mãe hostil.
Cidadãos com nomes
homens e mulheres varonis?
São de todos os lugares
desconhecidos como alguém,
reconhecidos como ninguém.
Continuam como sempre,
um simples João ou Maria,
alguém que não é ninguém.
(Denise Malafaia Cerqueira, Tobias Barreto, 05/10/06)

2

Munique

Marcadores:

Ainda estou um pouco abalado. As imagens, as palavras, as emoções levantadas pelo mais recente filme de Steven Spielberg, Munique, são simplesmente de quebrar o coração. Depois de meses de espera até o filme chegar em DVD (não tem cinema por aqui), finalmente eu pude conferir um dos melhores filmes do ano. Spielberg mostra que sabe muito bem equilibrar filmes-pipoca, os chamados blockbusters, com obras mais pessoais, mais intimistas, voltadas para o ser humano, permeadas de sensibilidade. Munique é assim, emocionante, eletrizante, envolvente.
A trama é inspirada em fatos reais, tendo como pontapé inicial o atentado terrorista à delegação israelense nos jogos olímpicos de 1972, na cidade de Munique, na Alemanha. Radicais árabes fizeram 11 atletas de refém, tentando inutilmente negociar a libertação de presos políticos palestinos. Com as negociações frustradas, os 11 atletas foram mortos brutalmente. O fato chocou o mundo, que tinha os olhos voltados para as Olimpíadas. O filme na verdade é sobre a perseguição perpetrada pelo Mossad, o serviço secreto israelense, para matar todos os 11 homens que planejaram o ataque. A equipe de 5 pessoas encarregada de executar a missão era liderada por Avner Kaufmann (Eric Bana, de Hulk), filho de um herói de guerra. A vingança de Israel custaria mais caro para Avner que para qualquer outro, já que ele teve que se desligar totalmente do Mossad, do governo de Israel, de sua família, de seu munndo. O filme coloca em primeiro plano, além da missão em si, a dor dos homens encarregados dela. É sobre a perda da alma. É sobre o nascimento de um medo irracional, do temor de estar sempre sendo perseguido. Spielberg não poupa o espectador, desfilando cenas de grande impacto, sem jamais conseguir ser piegas. Não é um filme fácil, mas certamente é recompensador.
Dicas para assistir o filme:
  • Preste atenção em Daniel Craig, o colega loiro de Avner. Ele é simplesmente o novo 007;
  • A equipe de Spielberg é a mesma de seu maior clássico, A Lista de Schindler;
  • o filme dura nada menos que 2h 44m. Mas vale a pena!

Bom filme!

4

X-Men - O Confronto Final

Quem me conhece sabe: eu sou louco por cinema, quadrinhos, literatura e música, ou seja, tudo o que for cultura pop me interessa e toma meu tempo. Sendo assim, meus 4 queridos leitores devem se perguntar: "Por que ele nunca escreveu nada sobre cinema no blog?" Acontece que minha TV está quebrada, com um defeito que ninguém consegue detectar. O técnico emprestou lá para casa uma outra TV, só que com 14 polegadas e sem entrada para DVD. Isso mesmo, eu estou sem assistir um filme no DVD há cerca de 45 dias! Ou pelo menos estava, já que hoje finalmente quebrei meu jejum forçado.
Assisti esta manhã a X-Men - O confronto final (X-Men - The Last Stand), dirigido por Brett Ratner (o mesmo diretor da série A Hora do Rush, Um Homem de Família e Dragão Vermelho), com um elenco triplicado de personagens bacanas do universo dos quadrinhos. Ao unir duas das minha maiores paixões, eu fui à loucura, ao conferir o melhor de todos os filmes dos mutantes de Xavier. Personagens excelentes, uma trama enxuta mas eficiente, efeitos especiais de primeira, e muita, mas muita emoção! Esta é a maior das qualidades do filme; ao resolver conflitos iniciados com maestria nos dois primeiros episódios da série, Brett Ratner conferiu ao filme uma agilidade necessária a este último (?) capítulo da saga.
Algumas dicas legais para quem for assistir:
  • É preciso gostar de super-heróis e não se importar em ver pessoas voando, confrontos telepáticos, homens de metal, de gelo e de fogo. Pense: isso é entretenimento, e de primeira;
  • Logo no início do filme, o criador dos X-Men, do Homem-Aranha, Hulk, Quarteto Fantástico e muitos outros heróis Marvel, Stan Lee, aparece em uma ponta, regando o jardim no bairro onde mora a jovem Jean Grey;
  • Não desligue o DVD player durante os créditos finais. Avance até o fim dos créditos e veja uma cena fundamental para a conclusão do filme e para a possibilidade de um 4º capítulo.

Ditas estas coisas, divirta-se à beça!

3

Lembrando do nada

Um tempo atrás li um artigo na revista Superinteressante que dizia que um terço do universo é constituído de absolutamente nada. Vou repetir: NADA. Não sei porque, mas este pensamento me veio hoje à mente. Se eu pensar no que é nada, reflito que é a ausência de qualquer coisa, que passa a ser a presença do vazio, do vácuo. Logo, não é NADA. É alguma coisa: a ausência de qualquer coisa que não o vácuo.

Ok, eu sei que parece complicado. Talvez seja porque É complicado... Mas não se preocupem, isso é perfeitamente normal, já que este post é só pra dizer que não tem NADA de interessante passando na minha cabeça neste exato momento...

0

Puxando a sardinha...

Passado o debate do último domingo na Band, ficou o gostinho de empate. Ambos os candidatos desconversaram quando se sentiram acuados, lançaram na mesa algumas (não todas) cartas que tinham na manga, acusaram quando puderam, defenderam-se quando acusados. Mas no fim das contas, ficamos sem respostas importantes:
  1. Por que Lula parece tão nervoso quando diz que Alckmin está nervoso?
  2. Por que eu tinha sempre a impressão de que o Boechat (mediador do debate) estava a ponto de explodir em gargalhadas?
  3. Por que Alckmin ora assume a autoria tucana do Bolsa Família, ora repudia o Bolsa Família?
  4. Por que Lula não fala olhando para as câmeras, dessa forma olhando para seus eleitores?

Estas e outras perguntas permeiam minha mente. Talvez elas nunca tenham uma resposta. Ou sim... tremei!

4

Auto-ajuda

Estabeleça metas. Mire alto. Nunca desista. Olhe para si mesmo. Descubra em quê você é bom. Prossiga. Lute pelos seus sonhos.

Chavões assim quase todo mundo já teve oportunidade de ler em algum livro de auto-ajuda. Quase todos eles trazem conselhos desse tipo, cada um do seu jeito peculiar, mas sempre dizendo as mesmas coisas, usando palavras diferentes (nem tão diferentes assim). Escrevo sobre isso porque já li vários livros do tipo "1001 maneiras de enriquecer", ou "Os 100 segredos das pessoas mais felizes", coisas assim; e nenhum deles me mostrou a coisa mais importante: o segredo da felicidade, o propósito da minha vida não está dentro de mim. Nunca vou descobrir o porquê de estar neste mundo olhando para mim mesmo. O sentido de viver começa e termina em Deus, afinal não podemos dizer a nós mesmos, criaturas, para quê fomos criados. Somente o próprio Criador pode. Ou o Manual de Instruções. Deus deixou-nos seu manual: a Palavra, a Bíblia. Através dela nós podemos encontrar o propósito de nossas vidas.
Pode-se encontrar de tudo na Bíblia, para todos os tipos de pessoa, contanto que busquemos tudo a partir da vontade de Deus para nós. Há pessoas que tentam usar Deus para seu benefício próprio, mas nós é que fomos criados para Deus, não vice-versa.
Somente nele pode-se achar o sentido de tudo, afinal, nada é por acaso. Deus não é um Deus de acasos. Tudo, absolutamente tudo tem um propósito determinado. Pense nisso.
(Inspirado no 1º capítulo do livro Uma Vida com Propósitos, de Rick Warren)

2

Em cima da hora

No Brasil, as coisas são sempre assim: a gente sempre deixa as coisas para cima da hora, não importa a importância do assunto. Estou falando isso porque eu mesmo sou assim e isso já me causou transtornos enormes, brigas com a noiva, broncas dos pais, olhares tortos dos patrões. Mas por que afinal, a maior parte dos brasileiros sempre deixa tudo para fazer aos 48 do segundo tempo?
Amanhã tenho que enviar um projeto de patrocínio ao Banco do Nordeste e ainda nem imprimi o formulário. Espera aí, a coisa não é tão grave assim. Já imprimi e encadernei as 6 cópias do meu livro, já preenchi o formulário, já peguei as ilustrações do livro. Só falta imprimir o dito formulário! Pelo menos desta vez, não fiz o que devia tão apressadamente assim. Mas não é assim que a vida tem sido comigo. Escrevo isso talvez como sendo um desabafo, uma tentativa de exorcizar essa mania. Quem sabe a partir de hoje eu não mude (Deus abençoe o Blogger!)?
É, quem sabe Papai Noel exista...

2

Brasília nunca mais será a mesma!!!

Marcadores:

Taí uma verdade difícil de encarar!!!

2

A bela história de Cristovam

Marcadores:


Cristovam Buarque teve menos de 3% dos votos válidos, o que deveria colocá-lo na condição de um inexpressivo candidato. Mas é um vencedor.Venceu, inicialmente, porque foi o primeiro candidato presidencial em toda a história do Brasil a colocar a educação como a prioridade das prioridades. Durante toda a campanha, bateu na mesma tecla, apesar de saber que isso lhe faria parecer chato. Disse o que acreditava; e, diga-se, não é uma invenção de campanha, afinal ele sempre acreditou na educação como uma chave para o desenvolvimento nacional. Está na sua biografia ter sido um dos principais criadores de uma das melhores idéias sociais brasileiras, a bolsa-escola.

Venceu, também, porque ele está navegando em uma onda contemporânea, que, com a eleição, lhe deu visibilidade e o fez recuperar o desgaste de ter sido ministro de Lula, demitido por telefone. Numa campanha de poucas idéias, Cristovam se apresentou como defensor de um projeto não apenas viável mas indispensável para o país.

Com seus 3%, que significam cerca de 2,5 milhões de votos, ele apenas adiantou o que, mais cedo ou mais tarde, um presidente terá de fazer se quiser mesmo tirar o Brasil da indigência mental e da pobreza material. Ter idéias, e lutar, e ficar sozinho por elas talvez não renda votos. Mas dá uma bela história. Já é uma coisa neste país de gente com muitos votos, poucas idéias --e quase nenhuma história.

Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras.

3

Parabéns, Heloísa!

Marcadores:


Hoje assisti a um pronunciamento da senadora Heloísa Helena, candidata a presidente. Foi emocionante constatar a sinceridade e humildade desta mulher, que conseguiu mostrar a todo o Brasil que é possível fazer uma campanha limpa, simples e digna. Em seu discurso esta tarde no Senado, a senadora declarou que sua campanha não teve dinheiro para gravar novos programas para a TV, disse que nas viagens pelo país não tinha motorista, apenas seus companheiros partidários, que dirigiam. Um dormia na casa do outro. Sinto-me honrado de ainda ter no Senado Federal alguém tão comprometido com a verdade, tão merecedor de todo crédito.

Nossa querida parlamentar agradeceu por todas as blusas brancas que lhe foram presenteadas, citou um a um os votos que teve em cada estado: foram mais de 6 milhões! E ainda afirmou algo que a gente já esperava, dada a sua luta pela integridade: não se aliará a nenhum dos dois candidatos neste segundo turno.

Escrevo este post para proclamar a todos os meus 4 leitores que nós, como brasileiros que somos, precisamos de mais exemplos como este. Precisamos de mais pessoas com coragem de falar a verdade, não importando as consequências. Gente honesta, trabalhadora, que valoriza cada centavo recebido das mãos do povo, que não tem nada a temer.

Parabéns, Heloísa! Você mostrou ao Brasil uma política que não conhecíamos, uma política que sonhávamos. É possível fazer do Brasil um lugar justo. Basta que cada um de nós façamos nossa parte. Heloísa tem feito a dela.

Leia mais sobre ela aqui.

4

Sobre dizer o que se pensa

Ainda não encontrei jeito melhor de exercitar a mente do que expressando-se. Quem nunca diz aquilo que pensa não sabe argumentar, não organiza as idéias, não desenvolve pensamento crítico, logo é levado por qualquer um que tenha uma boa retórica (ou seja, a boa e velha lábia). É por isso que às vezes eu sou tido como chato, por dizer o que penso - nos momentos oportunos, vale a pena ressaltar -, por defender aquilo em acredito, seja no âmbito cultural, religioso, político ou pessoal.

É claro que a gente não está sempre certo. Na verdade, até erramos muito. Por causa disso, é bom que se pense bem antes de emitir qualquer opinião fora de hora, qualquer pensamento que pareça oportuno. Um bom exemplo disso é quando eu estou dando aula e de repente algum aluno incauto (olha eu opinando aí) solta uma pérola do tipo: "Pearl Harbor é o melhor filme que eu já vi em toda a minha vida!" Eu fico uma fera, mas sou obrigado a me conter, a não expressar minha opinião, já que este não é o objetivo de uma aula de inglês. Ou quando estou conversando com a avó de minha noiva e ela diz que vai votar em Lula porque ele é um homem honesto, verdadeiro; nestas horas, é preciso se conter. Nem sempre é a hora certa.

Quando vem o desejo imenso de falar o que penso, doa a quem doer, lembro da palavra de Jesus, em Mateus 15:11: "Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem."

Portanto, às vezes, é melhor calar do que falar. O problema é quando as pessoas levam isso até a morte, e nunca aprendem a argumentar, debater de forma saudável.
Viva o pensamento crítico!

E a vida continua...

2

Segunda chance

Não, eu não sabia. Eu não fazia a menor idéia de que haveria um segundo turno para presidente. O que eu sabia era que havia a necessidade de uma prorrogação da decisão final do povo. Tornava-se imprescindível mais alguns dias. Foi o que aconteceu. O próprio presidente do PT, Ricardo Berzoini admitiu que foi um erro de Lula não ter comparecido ao debate da Globo (veja post anterior). Agora ele admite...

O fato é que, a partir de agora, a coisa complica para Lula, já que ele terá que buscar o apoio dos outros candidatos, os mesmos que o vilipendiaram, o acusaram, os que aproveitaram sua cadeira vazia para fazer o que talvez não fizessem tivesse ele comparecido ao debate.

Quanto a mim, fica mais difícil não admitir minha admiração pelo Alckmin. Não acho que ele seja o tal "picolé de chuchu" alardeado pela imprensa tão apegada aos apelidos. Se Alckmin é ou não o dito picolé, eu não sei. Mas ele aproveitou esse pseudônimo involuntário para brincar e puxar a sardinha para o lado dele: disse que o Brasil vai criar empregos "pra chuchu", que seu governo será um "chuchuzinho" (leia a notícia completa aqui).

Que seja. Como eu já disse, a vida continua. Sem Lula, ela será muito melhor.

2

A cadeira vazia

Marcadores:

Esta é a figura emblemática da falta de consideração que um candidato tem para com a democracia. Tal pensamento não me saiu da mente ao me deparar com a ausência de Lula no debate promovido pela Globo ontem à noite. Nenhuma desculpa será suficiente para apagar a vergonha que foi a atitude de um presidente mascarado, com muito a temer, sem nenhum argumento convincente a propor.

Nunca fui eleitor de Lula, mas já quis votar nele. Foi na eleição de 2002, quando justifiquei meu voto. Quis votar nele por sua história, que me fascinou, pelos apelos por mudança, pela esperança de que o Brasil pudesse finalmente caminhar em um rumo certo. Me decepcionei.
Agora, só nos resta esperar e torcer por um 2º turno, para que haja um novo debate, e que não seja o terceiro debate (o outro foi o da Band) desprezado por Lula. Meu voto não é nem em Geraldo, Heloísa ou Cristovam, mas é pela democracia, pelo debate saudável, pelos esclarecimentos e pela verdade. Que ela apareça antes que seja tarde demais.

2

Mais de Norman Rockwell

Marcadores:

Sunset (Pôr-do-sol)

0

Conheça Norman Rockwell

Marcadores:



Quando pus os olhos nesta charge americana do início do século XX, me encantei. O que me chamou a atenção nesta obra de arte, foi a franqueza recheada de humor com que algo tão comum em nosso dia a dia foi tratado. A charge é intitulada Gossip (Fofoca), e é de autoria do artista Norman Rockwell (1894-1978). Percebe a maestria que esse artista primoroso possuía? Os traços vigorosos, caricatos até certo ponto, realistas na medida do possível, sem jamais agredir nossos olhos. Me apaixonei sem nem conhecer a história deste gênio!
Resolvi me aprofundar e descobri pinturas simplesmente geniais, sempre tratando das coisas do cotidiano, retratando como era viver na sociedade americana dos primeiros 70 anos do século XX. Como diz o mestre em educação João Luís Almeida Machado, Norman Rockwell nos lembra de que, em meio a toda confusão política, guerras, conflitos, corrupção, nós ainda realizamos atividades corriqueiras, como ir ao oculista, lecionar ou pescar. As obras de Rockwell nunca perdem seu fascínio, sua beleza e atualidade, nunca deixam de encantar a quem quer que ponha os olhos em uma de suas ilustrações. Suas obras remetem a um tempo em que a vida parecia ser mais simples, mais pura, mais recheada de poesia...

3

Escrever é MUITO bom!

Recentemente, escrevi, ou melhor, reescrevi um livro que eu havia feito quando tinha uns 11 anos: A Vaca que Dava Chocolate Quente. O livro conta a história de Pedrinho, um nordestino pobre, morador de uma fazenda que não é dos pais dele. Acontece que a única vaca que a família possui, a Caprichosa, passa a dar chocolate quente misteriosamente! Como Caprichosa realizou essa façanha? O que acontecerá com a família de Pedrinho? Muita aventura e humor permeiam o livro.

No momento, estou pleiteando um patrocínio para a publicação do livro junto ao Banco do Nordeste, no Programa Cultural BNB. Torçam por mim, pois se tudo der certo, no início de 2007 estarei lançando o livro, que terá direito a hot site e coquetel!

Além disso, estou trabalhando em um novo livro, ainda sem título, sobre uma menina nordestina que se vê às voltas com um conflito de proporções cósmicas! Torçam por mim, meus 4 leitores!

2

Bobagens e afins

  • Para os vidrados em LOST e que, como eu, gostaram de saber que Rodrigo Santoro irá participar do seriado, boas notícias: o ator brasileiro estreará na série logo no 2° episódio da 3ª temporada. O episódio, denominado "Further Instructions" (Instruções Adicionais), mostrará o personagem do galã, chamado Paulo. A notícia completa, aqui.
  • É o cúmulo! Para quem está acompanhando o escândalo do vídeo proibido de Daniela Cicarelli em um momento super indiscreto com o namorado na praia, a coisa ficou ainda pior, pelo menos para mim. Acontece que o programa "evangélico" da Record, Fala que Eu Te Escuto, exibiu nesta madrugada o vídeo repetidas vezes, usando-o como chamariz sensacionalista para seus "acalorados" debates muuuito importantes. Em que ponto estamos, hein.
  • Quem nunca jogou Banco Imobiliário? Pois a Hasbro, fabricante americana do famoso jogo de tabuleiro, acaba de lançar uma nova versão da adorada diversão. Há muitas diferenças em relação à versão original, de 1935: pra começar, os valores são muito mais altos. Só pra se ter uma idéia, toda vez que o jogador passa pelo ponto de partida, ganha 2 milhões! Além disso, você pode comprar estádios de baseball, ruas famosas como Wall Street, Times Square, 5ª Avenida e até a Casa Branca. A nova versão tem sido muito criticada nos EUA, por incentivar as crianças (e aos adultos que adoram o jogo) a consumirem mais e mais, ao invés de pouparem.

3

Será que as coisas nunca vão mudar?

Marcadores:

Hoje é dia de festa aqui em Tobias Barreto. Amanhã é dia de festa em Tobias Barreto. Depois de amanhã também. Todas estas festas são pagas por candidatos, mas estes não aparecem nos palcos porque não podem ser ligados aos eventos por causa da nova lei eleitoral. Mesmo assim, todo mundo sabe que estas festas são patrocinadas por João Alves Filho, candidato à reeleição. É o tal "jeitinho brasileiro", que sempre encontra brechas nas leis, sempre acha uma maneira de driblar o que está estabelecido.

Esquecendo todo o barulho que está por aqui (esta lan house é bem na avenida principal da cidade, local das festas), penso seriamente no seguinte: será que as coisas nunca vão mudar? Até quando veremos coisas como estas acontecerem e continuaremos a não fazer nada? Fica difícil acreditar nas leis, nas pessoas, nas instituições.

Não pensem meus 4 leitores que sou petista, ou coisa que o valha. Muito pelo contrário, sou apenas um cidadão, alguém que deseja ver as coisas REALMENTE se transformarem, não pela força das leis, mas por vontade e ordem do povo, que é quem detém o poder (mais ou menos).

1

LOST e eu

Um colega meu me emprestou a 1ª temporada completa do seriado LOST, algo que eu já tinha assistido na Globo. Desta vez é diferente, pois tenho a opção de ver a hora que me der na telha (mais ou menos, já que só posso assistir na casa de minha noiva)!

Enfim, depois de rever os primeiros episódios da série, fiquei mais apaixonado e viciado ainda! É fantástico o poder viciante que LOST possui. Talvez só 24 Horas seja tão grudento assim. Todo o mistério que envolve cada episódio é fascinante, mas talvez o que mais prende nossa atenção sejam os flashbacks, histórias do passado de cada passageiro do vôo 815 antes de embarcar. Os conflitos interiores de cada um deles interessa e muito ao andamento da trama, já que todos os personagens têm contas a acertar com o passado. Não foi à toa que aquele avião tinha exatamente aqueles passageiros.

Sei que o mistério cresce na 2ª temporada. Não vi ainda, pois sou desprovido de condições de ter TV paga em casa, mas já li tudo o que acontece. Não vejo a hora de assistir, e submergir mais e mais no universo embriagante da maior série de todos os tempos: LOST!

Opiniões... é só comentar!

0

E a política, como vai(a)?

Marcadores:

É incrível notar a capacidade que alguns políticos têm de sair do nada e chegar a lugar algum. É assim que eu tenho visto a corrida eleitoral em Sergipe, em se tratando dos candidatos a deputado estadual e federal. Nenhum deles tem a ousadia (vamos chamar assim) de apresentar propostas reais, dentro da competência de um parlamentar. Usando como exemplo, temos os candidatos de Tobias Barreto (cidade onde moro):

Tony "Tecidos" (sic) - Nunca diz o que irá defender na Câmara Legislativa, nem apresenta que leis ele propôs na Câmara Municipal, já que ele é vereador. Tudo o que faz é falar mal dos outros candidatos, usando de uma falta de tato impressionante, até mesmo para um candidato radical de esquerda.

Marcos Bispo - Esse pelo menos se preocupa em mostrar propostas, como a de instalar em Aracaju uma casa de apoio ao cidadão tobiense. O problema é que ele não diz de onde virá o dinheiro para tal empreitada. Além do mais, se enrola todo quando pressionado.

Fabinho de Dr. Airton - Não se via em Tobias Barreto antes da campanha. Diz que possui um projeto para a cidade, mas faz promessas fora da alçada de um deputado estadual. A pouca experiência que possui tem dois lados: o bom é que não está contaminado com as artimanhas políticas; o ruim é que não conhece os caminhos, nem parece entender bem o que faz um deputado.

Pesando os candidatos, eu simplesmente não consigo me decidir. Fica difícil confiar em alguém hoje em dia, diante de tantos escândalos e conchavos. Estou cansado de gente sem projetos, sem capacidade, atrás apenas de um salário melhor. O futuro dirá se estou certo ou não. Mas, enquanto ele não chega, mantenho minha extrema desconfiança.

E quem me lê, preste atenção: não vote em alguém por "um par de sapatos, por um saco de farinha", como diria Herbert Vianna... (para ler a letra na íntegra, clique aqui)

E a vida continua...

3

Vaqueiro de sofá (graças a Deus!)


Mais um final de semana... Acontece que na cidade onde eu vivo (Tobias Barreto, confins da Terra), este weekend em especial pretende passar como um furacão, arrancando telhas, detonando a galera, violentando jovens mocinhas sem nenhum juízo, e coisa e tal. É que estamos em tempos de uma famigerada Festa do Vaqueiro, uma verdadeira tradição por aqui. Durante um dia inteiro, a área urbana deste município se transforma numa espécie de roça, multiplicado pela, sei lá, 10ª potência, tamanha é a quantidade de detrito animal descarregado em nossas ruas. Como é a festa? O pessoal fica andando para lá e para cá nos lombos dos pobres dos cavalos. É isso.

Claro que no fim do dia tem o também tradicional show de música regional, sem falar no povo bêbado, sem conseguir se manter de pé, enchendo o saco de todo mundo (que não estiver bêbado).

Enfim, se tem um dia que eu gostaria de varrer da face da terra, esta é a vítima. Como não dá pra fazer isso, me conformo. Subo no lombo do sofá e assisto a toneladas de cultura pop da melhor qualidade (fazer o quê, eu sou nerd mesmo), sempre ao lado da mulher que faz esta vida ter sentido.

E a vida continua!

5

Artista sergipana de primeira

Marcadores: ,


Navegando pela internet em busca de um ilustrador para o meu livro infantil "A vaca que dava chocolate quente", acabei me deparando com uma artista sergipana maravilhosa: Hortência Barreto. Suas obras são de uma candura marcante, dando a impressão de termos voltado no tempo, um tempo em que as pessoas eram, sei lá, mais felizes. Há poesia em cada tela, retratando principalmente o casamento. Certamente você vai gostar. Dê uma conferida, clicando aqui.
A tela aí ao lado é "Noiva Brejeira", óleo e acrílico s/ cartão.

É ou não é linda?

Quem dera mais pessoas passassem seu tempo criando obras de arte desta qualidade!

0

Agora é pra valer!

Tá decidido! Vou ficar por aqui mesmo, no Blogspot. Finalmente encontrei praticidade e um template bacana. Sei que meus 4 leitores já não aguentam mais tanta mudança de endereço, mas desta vez é pra valer. Prometo que não mais mudarei de ares, nem de lar.

Quanto aos outros blogs, deixarei neles um recado com o novo endereço. Se vocês, meus queridos 4 leitores, puderem divulgar este humilde blog, eu agradeço... Seria legal poder contar com vocês.

Novas impressões sobre o meu dia a dia serão postadas logo, logo...

Valeu!

Posts relacionados

Related Posts with Thumbnails