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O Caçador de Pipas

Estava ansioso para começar a ler este livro desde que o vi sendo ofertado na revista da Avon (que aliás tem sido minha livraria de fácil acesso). Finalmente ele chegou nesta quarta-feira. De cara, comecei a ler e a me envolver com uma história cheia de emoção, dor, culpa e, até onde eu saiba, redenção (é que ainda não terminei). Mas estou adorando! A narrativa de Khaled Hosseini é fluida, repleta de sensibilidade e não agride a inteligência do leitor. Os personagens são tridimensionais e carismáticos.


Mas do que se trata a história? Ela abrange cerca de 27 anos na vida de Amir, um menino órfão de mãe, cujo pai é muito rico. Os dois têm como empregados Ali e Hassan - pai e filho - que são considerados como membros da família. Amir e Hassan são amigos, embora Amir nunca tenha admitido isso. No decorrer da narrativa, nos deparamos com atitudes de Amir previamente anunciadas pelo narrador, mas que ainda nos surpreende e nos choca. A vida de Amir é transformada e dominada pela culpa, que ele carrega até 2001. Como ainda não cheguei ao fim da obra, só posso opinar do que já li até o momento. E a minha opinião é: O Caçador de Pipas é maravilhoso!




Quem ainda não leu, não deve perder.




Em tempo: o livro foi adaptado para cinema, pelas mãos de Marc Forster (diretor de Em Busca da Terra do Nunca e Mais Estranho que a Ficção), quase inteiramente estrelado por atores afegães. No Brasil o filme estréia em 18 de janeiro.

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E Lost volta à cena!


Não sou desses poucos privilegiados brasileiros que possuem TV paga, logo espero bastante até que as séries mais legais cheguem ao meu alcance. Somente há duas semanas pude assistir a terceira temporada de LOST, o seriado mais intrigante da televisão mundial. Como ainda não terminei (falta um disco), falo como quem pensava que esta temporada seria entediante, a julgar pelos primeiros episódios, mornos e sem revelações relevantes. Faltou a adrenalina tão presente nas duas primeiras temporadas, embora os novos personagens sejam bem interessantes, com exceção de Paulo, interpretado por Rodrigo Santoro, que nem fedia nem cheirava até o episódio em que vemos seu flashback.


A partir da metade, a série retoma seu ritmo, mostrando mais Locke e nos deixando fulos da vida com Os Outros!


LOST retoma seu posto, ameaçado por HEROES, com muito mistério e nos deixando salivando pelo próximo episódio...

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Bons tempos aqueles!

Meu relacionamento com o cinema já existe há muito tempo. Se eu fizer uma lista de todos os filmes a que já assisti, certamente será imensa, não caberia neste blog (OK, talvez eu esteja exagerando).

Estou dizendo isso porque tenho percebido que não há outra coisa que me faria tão feliz quanto trabalhar com cinema, fazendo qualquer coisa relacionada ao assunto. Sei lá, escrever sobre filmes, conversar sobre filmes, fazer filmes... É verdade que há outras coisas mais importantes sobre as quais nunca comentei neste espaço, como a igreja, meu relacionamento com Deus (ainda mais antigo que com o cinema), minha família, minha esposa, meus (futuros) filhos. Mas falar de cinema é algo que não me dou muito ao luxo, pois dificilmente encontro alguém com quem conversar de verdade a respeito.

Lembro-me do primeiro filme que assisti em video cassete. Eu não tinha um lá em casa, mas meu primo Beto tinha. Foi lá que vi um filme nada indicado para minha idade: Atração Fatal. O filme, legendado, me deixou com medo, principalmente de mulheres loiras. Glenn Close estava por toda parte! Desde então, não parei mais. Fiquei sócio de uma locadora perto de casa mesmo não tendo o aparelho de vídeo, só para sentir o gostinho. Até me lembro do número da carteirinha: 026. Fui um dos primeiros daquela locadora. Devia ter uns 12 anos, e ficava olhando capa por capa, lendo as sinopses e torcendo para os filmes passarem logo na tevê. Era extraordinário quando meu amigo e vizinho Júnior me convidava para ver um filme na casa dele. Foi lá que assisti Máquina Mortífera 3, Brinquedo Assassino (me escondendo atrás das minhas mãos), e até Elvira, a Rainha das Trevas! Foram tardes mágicas, recheadas de vida e fantasia, mesclando realidade e ficção.

Tenho mais para escrever, mas o tempo voa e não quero escrever meu livro agora... Mas lembrar faz muito bem...

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Nó na Garganta

Existem notícias que nos deixam com um nó na garganta, tamanha é a sua seriedade. No último domingo, assisti a uma reportagem na Record que me deixou com essa sensação: uma vontade de chorar, de sair contando para todo mundo, de espalhar aos quatro ventos... A matéria em questão era um documentário produzido pela BBC a respeito dos escândalos de pedofilia envolvendo padres católicos romanos americanos e em outras partes do mundo, como na Irlanda e no Brasil. Até mesmo o repórter da rede britânica foi vítima de um desses padres, e relembra o fato de maneira muito emocionada, mas bastante corajosa. À medida que os relatos iam se acumulando, fui tomado por uma revolta muito grande. Como pode alguém que se une à Igreja Católica supostamente para falar de Deus e servi-lo perpetrar tão grande barbaridade? A verdade é uma só: tal situação não é novidade para os mais velhos ou para as pessoas do interior, que convivem com situações parecidas há muito tempo, mas nunca tiveram coragem de denunciar os criminosos (não tenho como chamá-los por outra alcunha). Um dado muito importante que impressiona alguém desavisado (não era o meu caso), é que a Igreja, que deveria reta em suas ações, tem lutado para acobertar os pervertidos vestidos de batina, que não são poucos, e recebem acolhimento no Vaticano. O atual papa, Joseph Ratzinger, antes de assumir o posto mais alto da hierarquia romana, era o responsável em esconder ao máximo os casos que começaram a aparecer em grande escala em 2002, nos EUA, por todo o país. Acordos milionários foram feitos para que as vítimas não fossem a público. Os padres acusados eram transferidos para outras paróquias sem jamais enfrentarem a justiça. Paróquias novas, novos abusos.
Como é possível existir uma igreja que acoberte criminosos dentro de suas entranhas? O fato é que a Igreja Católica sempre clamou ser a autêntica Igreja de Cristo, o que a credenciaria como dona e mandatária da verdade e justiça divinas. Como tais atribuições não estão entre suas características, ficamos com a pergunta: até quando acontecerão tais fatos?
EM TEMPO: Não quero nem falar do misterioso caso em que Júlio Lancelotti demora três anos para denunciar uma extorsão se ele era inocente. E de onde veio tanto dinheiro para ceder à extorsão?

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Mais estranho que a ficção

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Harold Crick é um cara comum. Trabalha como fiscal de impostos na Receita Federal americana, é solteiro, tem uma rotina inabalável, até descobrir que sua vida está sendo escrita, que é um personagem em um romance. Ele começa a ouvir a narração de sua própria vida! Mais estranho que a ficção é um filme estranho não apenas no nome. Possui uma originalidade em sua trama estranha no cinema do século XXI, é protagonizado por um ator estranho ao gênero "dramédia", Will Ferrel (mais habituado a comédias escrachadas e escatológicas) e é estranhamente atraente! Quanto mais tempo passamos no mundo de Harold Crick, mais nos envolvemos em sua vida, nos identificamos com ele (somos pessoas comuns, temos empregos comuns, vivemos vidas comuns). No entanto, o livro (ou filme) de sua vida ainda nos reserva algumas surpresas: acontece que a autora da vida de Harold, vivida por Emma Thompson, sempre mata seus protagonistas no final. Uma pergunta é suscitada: será esse o fim do filme? E para piorar a apreensão do espectador, Harold acaba de se apaixonar por uma das pessoas que ele fiscaliza: uma padeira (Maggie Gylenhaal) cuja ideologia se resume em desobedecer deveres civis, como o pagamento do imposto de renda.



Mais estranho que a ficção é envolvente, apaixonante e.. estranho. Mas, afinal, quem não é?

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Candidatos a políticos, mas ainda cidadãos

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Daqui a um ano as eleições municipais voltarão a ocupar o noticiário e as mentes de cada pessoa no Brasil. Por ser uma eleição limitada à área de cada cidade, esta é a disputa mais acirrada que existe na democracia brasileira. Ou não, já que na maioria das cidades o vencedor é escolhido dentre poucos, aqueles que mandam na política local, o que enfraquece a democracia e ajuda a manter uma política falsa, baseada nos favores prestados, que funciona assim: vereadores têm a função de ajudar a população, dando dinheiro para comprar remédios, botijão de gás, pagar energia e água, etc., enquanto que o prefeito é quem possui a responsabilidade de zelar pela cidade, sempre embolsando um bom dinheirinho das obras públicas e de outras fontes (recursos federais, por exemplo).
Diante deste quadro totalmente às avessas, encontram-se aqueles cuja vontade é a de real transformação, conscientes de que política é feita por pessoas comuns, cidadãos reais, gente que trabalha, que luta pelo pão de cada dia, que zela por sua vida e pela de seus queridos com sacrifício, que experimenta as mazelas e alegrias da vida na mesma medida. Gente que realiza coisas inacreditáveis com o pouco que ganha, mas continua sorrindo, feliz porque tudo o que tem é obtido de modo limpo. São essas pessoas que precisam estar na política. Não políticos profissionais, mas representantes genuínos da população, cansados de tanta decepção, fartos de tanta ladroagem, fraudes, CPIs, votações parlamentares secretas, relações ilícitas, leniência com o crime.
São essas pessoas, candidatos a políticos, mas ainda cidadãos, que merecem a chance de tentar moralizar a política, afim de restaurar lemas milenares, como Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Utopia? Talvez sim. Mas enquanto eu viver, prefiro acreditar a jogar a toalha. Que este seja o anseio de todo brasileiro, desejoso de dias melhores.

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Heroes


Acabei de assistir ao primeiro disco da primeira temporada de Heroes, série da NBC que está desbancando LOST do coração do público americano. A verdade é que Heroes é MUITO bom mesmo! Deixa você com um gostinho de quero mais, quero sempre. Prova disso é que, mal entreguei o disco 1 na locadora, já fui logo pegando o disco 2, e só não peguei toda a coleção porque já estava locada! É isso aí: viciei na melhor história de super heróis que vi desde o encerramento da 2ª temporada de Os Supremos (nos gibis). Os personagens são gente como a gente, e nem todos estão contentes com os poderes que descobrem possuir. O personagem mais interessante é Hiro, um japonês nerd, de longe o mais empolgado com o poder que tem, o de alterar o espaço-tempo, o que lhe permite viajar no tempo, se teletransportar e até parar o tempo! Cada episódio mostra os vários personagens ao mesmo tempo, com algumas idas e vindas na cronologia, deixando tudo ainda mais interessante. Não tem como não se entusiasmar com a líder de torcida que descobre ser indestrutível, uma espécie de Wolverine de saias. Se você não quiser esperar a série ser exibida na Record (que produziu uma novela com uma trama inspirada na série), é bom correr à locadora Sétima Arte, porque a concorrência está grande. Todo mundo que vê um episódio de Heroes fica fascinado e quer ver todos!

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Memórias de um assassino

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O novo cinema sul-coreano tem dado provas que é vibrante, interessante e muito original. Este Memórias de um assassino não é exceção. Poucos são os filmes de serial-killer que funcionam com perfeição. Temos como exemplo os clássicos Seven e O Silêncio dos Inocentes. Os grandes filmes a tratar deste tema tem sempre a dose certa de suspense e drama, mostrando o lado pessoal dos envolvidos nos crimes, especialmente os detetives responsáveis pelo caso. Em Memórias de um assassino, temos este equilíbrio, necessário a clássicos do gênero. O diretor Bong Joon-Ho nos leva a uma pequena cidade no interior da Coréia do Sul, que se vê assustada com corpos de mulheres que vêm aparecendo seguidamente, todas sendo violentadas antes da morte. Para investigar o caso, dois detetives locais recebem a ajuda de um terceiro oficial, vindo da capital Seoul. Logo os métodos dos detetives entram em choque, o que torna a trama ainda mais interessante. Com um clímax muito eficaz e original, este filme tem qualidades que faltaram a muitos dos exemplares similares americanos, como a entrega dos atores e uma câmera honesta com o espectador, que jamais o subestima. O diretor fica tão à vontade com seu filme que ainda injeta uma dose apropriada de humor, deixando a experiência ainda mais marcante. É bom lembrar que o filme é baseado em uma história real. Mulheres coreanas de vermelho andando em plena chuva, é bom tomarem cuidado...

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Babel

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Finalmente assisti a um dos filmes mais comentados do ano. O diretor Alejandro Gonzalez Iñarritu faz questão que este é um filme seu: edição um tanto confusa, sem jamais dar profundidade a nenhuma das histórias que quer contar. Foi assim em "Amores Brutos" e "21 Gramas". Desta vez esse vício narrativo se justifica pelo fato de o próprio filme se tratar de confusão, incomunicabilidade e ao mesmo tempo conexão entre os povos. Dentre as várias histórias que se entrelaçam ligadas por um rifle de caça, destacam-se as contadas no Marrocos, mais precisamente a da família de camponeses marroquinos, personagens vividos por habitantes da região. Brad Pitt, Cate Blanchett e a japonesa Rinko Kikuchi estão realmente excelentes, em um festival de atuações extraordinárias. Um filme não muito fácil de se ver, e talvez por isso mesmo tão fascinante e envolvente.

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O governo Lula e suas propagandas patéticas

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Cada dia que se passa as propagandas do governo estão mais ridículas e óbvias. O fim da criatividade de marketing dos asseclas de Lula começou com aquela propaganda absurda da Olimpíada Brasileira de Matemática, onde uma estudante tem a inspiração para a resposta de um problema durante o lanche no intervalo, e sai andando apressada pelos corredores até chegar na sala de aula, onde finalmente escreve o resultado. O problema é que o resultado era tão óbvio e fácil, que ninguém pode acreditar que chegar a 3/8 não era algo que precisasse de uma luz especial! A propaganda subestima a capacidade intelectual dos alunos da rede pública e dá razões para quem acredita que tal olimpíada seja fora dos padrões de dificuldade que um evento desse tipo exige.
Isso sem falar da campanha sem nenhum sentido do ENEM: "Quem sabe o que se passa na cabeça de um jovem?" "Quem faz o ENEM sabe." Como assim? Se quem faz o ENEM são realmente os jovens, como é que eles mesmos não sabem o que se passa em suas cabeças? Totalmente absurdo.
A última bola fora foi a campanha para divulgar o famigerado PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação). Durante o comercial, vemos um homem com dificuldades para virar alguns cubos de madeira que vão formar a palavra EDUCAÇÃO. A campanha não faz o menor sentido, não diz a que veio e mostra que neste caso, as imagens não passam de desculpa para a divulgação do PDE.
Não dá para saber até onde vai a genialidade da agência responsável por tamanhas patetices da comunicação. O fato é que o fundo do poço não está muito longe...

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Os Infiltrados

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"Este é um filme feito com as entranhas", assim definiu Quentin Tarantino quando assistiu No Rastro da Bala, aquele filme com Paul Walker. Tomo as palavras de Tarantino como minhas, porém me referindo a Os Infiltrados, filme-retomada de Martin Scorsese que lhe rendeu um merecido Oscar que demorou 30 anos para chegar. Neste épico policial sobre traição, confiança e violência, não há espaço para falas desnecessárias, nem subtramas descartáveis, ou finais "hollywoodianos". O que poderia ser um tiro no pé de um dos maiores diretores vivos, por se tratar de uma refilmagem do neoclássico chinês Confiltos Internos, torna-se um dos filmes mais relevantes da década, repleto de emoção crua, reviravoltas surpreendentes e atuações nervosas. Leonardo di Caprio nem se dá conta de que está atuando ao lado de Jack Nicholson, e entrega a melhor performance de sua carreira. Seu Billy Costigan, um policial de Boston infiltrado na máfia, é um homem à beira do abismo, a ponto de explodir ou de dar um tiro na cabeça. Nós, telespectadores, nos tornamos reféns de sua perturbação, sem que nos demos conta de que tal situação só poderá terminar tragicamente. O Colin Sulivan de Matt Damon, um mafioso infiltrado na polícia de Boston, é extremamente o oposto do colega de elenco, pois mostra-se confiante ao ter tudo nas mãos e ter a vida que desejaríamos para o personagem de Di Caprio. Um único post não daria para falar de todos os aspectos fascinantes que cercam Os Infiltrados: o elenco estrelado de apoio, a trilha sonora, o roteiro certeiro e a direção de fotografia, por vezes amarelada, por vezes clean. Todos estes aspectos tornam a obra de Scorsese realmente digna dos quatro oscar que fez jus, e nos deixam mais confiantes neste cineasta com a arte no sangue e a genialidade escondida em algum canto da alma.

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Sob o domínio do mal

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Foi uma manhã difícil. Acordei cedo, embora pudesse dormir até um pouco mais tarde. Não deu, já que tinha um filme para assistir, cujo título me perseguia há anos, desde que ouvira falar de um certo clássico de 1968, estrelado por Frank Sinatra e dirigido por John Frankenheimer (o mesmo de Ronin, com Robert de Niro). Nunca tive contato com o clássico de 1968, mas graças a Hollywood, onde tudo se refilma, fizeram uma nova versão, desta vez estrelada por Denzel Washington (paranóico e perturbador) e Meryl Streep (diabólica e sensacional). Sob o domínio do mal não é um filme que se pode ignorar. É atual, veemente e verossímil, embora sendo uma ficção. É sobre Ben Marco, um major veterano da Guerra do Golfo que vive seus dias glorificando os feitos de outro veterano, agora senador, Raymond Shaw, cujas ações foram recompensadas com uma medalha de honra. Depois que se encontra com outro companheiro de pelotão, Marco se vê em dúvida sobre o que realmente aconteceu no campo de batalha. É o ponto de partida para descobrirmos que é possível duvidar de absolutamente tudo e todos que rodeiam Ben Marco. Com uma informação que pode salvar o mundo de um golpe de estado perpetrado por uma corporação (cujo nome justifica o título original, "The Manchurian Candidate"), Ben Marco se vê cercado de situações que (1) ou o deixaram louco ou (2) o farão mudar o curso da história.
O fato é que não se percebe o tempo passando quando se assiste a um filme assim. Inteligente, perspicaz e inteiramente relevante. O diretor Jonathan Demme (vencedor do Oscar por O Silêncio dos Inocentes) leva o espectador a uma viagem sensorial que nos deixa com a mesma sensação de perseguição de seu protagonista. Um filme para ver e emprestar aos colegas, com aquela expressão: "Cara, você tem que ver este filme!", e é claro, um filme para ficar no mínimo impressionado com algumas das teorias de conspiração que existem por aí...

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Ainda me lembro...

Não faz muito tempo, eu fui criança. E brinquei muito, me importar com horários, agendas, compromissos nem planejamentos. Era algo como a felicidade. Era algo como se brincar fosse tudo o que importasse. E realmente, nada mais importava! A tradução do que é liberdade, eu experimentei quando fui criança. Se havia alguma tragédia na TV, eu estava construindo minha cidade com livros e dominós velhos. Se meus pais brigavam, eu estava no quarto brincando com minha irmã de acampamento. Até quando eu estava triste, não demorava muito , voltava a brincar e sorrir, e esquecia a tristeza. Se eu carecesse de inspiração, caminhava esperançoso até a estante de livros do meu pai, garimpava um título interessante qualquer (eram em sua maioria livros teológicos), por exemplo: "A agonia do planeta Terra", e criava um filme eletrizante sobre um futuro inóspito e caótico, vindo diretamente das minhas sessões de Star Wars e afins. Quando me entediava com minha casa, não tinha problema: descia para o pátio do prédio, reunia a galera, e estavam prontos "Os Goonies"! Aí, a gente cresce. E esquece. Esquece da inocência, da diversão pela diversão, dos problemas transformados em brincadeiras, das correrias sem razão, da euforia causada por um simples sorvete, do desconforto causado por alguns adultos bobalhões. E acabamos nos tornando esses adultos bobalhões. Até que como num passe de mágica, tudo vem à tona! É quando a gente se lembra, e sorri, e chora, e sorri... E continua a viver, só que tudo parece melhor. Tudo parece real... e vivo!

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Superman - O Filme

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Produzido em 1977, Superman (dirigido por Richard Donner, o mesmo de A Profecia e Máquina Mortífera) deixa no chinelo qualquer tentativa de trazer o personagem para o século XXI, mostrando que isso é totalmente desnecessário. Não que o filme de Bryan Singer não seja magistral, mas é que o longa original nunca envelhece! Os efeitos ainda são eficientes, as atuações ainda são coerentes, e a trama ainda é envolvente! Ainda funciona! A gente se sente com uns 10 anos a menos quando assiste a correria daquele jovem Clark Kent, testando seus limites contra um trem onde viajava uma Lois Lane pivetinha. Sem falar no visual cool de Krypton, uma sacada genial do desenhista de produção John Barry, o mesmo cara que criou o visual de Star Wars. Tudo em Superman é grande e estrondosamente legal! Vale a pena ver e rever este clássico absoluto, o melhor filme de super-herói de todos os tempos!

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Novíssimo ano novo!

2007 é para mim um ano realmente novo! Casei no dia 29 de dezembro, portanto minha vida este ano promete! Ufa! Nem acredito que todo aquele frenesi antes da cerimônia já passou! Foi algo realmente cansativo, mas agora que passou, dei de cara com a vida de casado, que nunca dá descanso pra gente. Toda hora tem algo para ser feito (claro que a maioria das coisas é bem agradável)! Às vezes, parece que eu ainda não caí na real, mas aí a gente percebe que é verdade, é real, eu estou casado. E muito feliz. Tudo é novidade, desde o primeiro almoço na nossa casa até a primeira vez em que tive de colocar motor para encher a caixa d'água! Pois é. Que todos descubram as delícias e cansaços do casamento, porque é tudo "divino e maravilhoso", como diria Caetano Veloso! Feliz ano novo!!!

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