Acontece todo ano: saem as indicações para o Oscar, e logo os cinéfilos começam a discutir as ausências da lista e as presenças desnecessárias. Este ano, entretanto, as discussões são ainda mais apaixonadas, principalmente por ausências muito sentidas (Drive não estar na lista é um crime). Nesta série de postagens pretendo expor minhas opiniões e palpites a respeito dos indicados em todas as categorias, como fiz ano passado. Nesta parte 1, falaremos das quatro principais categorias, as mais aguardadas da noite.
Melhor Filme:
Tão Forte e Tão Perto
O Homem que Mudou o Jogo
'O Artista' deve ser o grande vencedor do Oscar 2012 |
Palpite: diferente de 2011, em que a vitória de O Discurso do Rei era aposta fácil, fica um tanto difícil apostar todas as fichas em um único filme este ano; mesmo com O Artista saindo na frente pelas vitórias em várias premiações pré-Oscar, é possível acreditar que a balança deve pesar entre o filme mudo francês e outras produções com boas chances, como Histórias Cruzadas e A Invenção de Hugo Cabret. Mas ainda meu palpite é a vitória de O Artista.
Se este fosse um mundo justo a vitória ficaria com o excepcional Drive, que sequer foi indicado. Também ficaram de fora As Aventuras de Tintim, Shame e J. Edgar.
Melhor Diretor:
Woody Allen por Meia-Noite em Paris
Michel Hazanavicius por O Artista
Terrence Malick por A Árvore da Vida
Alexander Payne por Os Descendentes
Martin Scorsese por A Invenção de Hugo Cabret
É difícil entender a lógica por trás das regras da Academia, ao indicar nove filmes na categoria Melhor Filme, mas apenas cinco diretores em sua categoria. Mesmo com o prêmio de Melhor Filme indo para os produtores, é inegável o papel primordial exercido pela direção na construção de um filme digno de uma indicação. Nada mais compreensível do que ter mais indicados ao prêmio de Melhor Direção, ou menos indicados a Melhor Filme. Entretanto, temos cinco indicados que merecem sua nominações. E é bom não ter os "menos merecedores" nesta lista, como Spielberg (por Cavalo de Guerra) e Daldry (por Tão Forte e Tão Perto).
Palpite: seguindo a tendência das últimas premiações, é fácil apostar na vitória de Michel Hazanavicius; o cineasta responsável por comédias-pastelão francesas sem nenhuma relevância na história do cinema realizou um filme belo e delicado, um verdadeiro tributo à sétima arte.
Se este fosse um mundo justo a estatueta não estaria em melhores mãos que as de Martin Scorsese, que só ganhou um prêmio de direção por Os Infiltrados. Seu A Invenção de Hugo Cabret é simplesmente sublime.
Melhor Ator:
Demián Bichir por Uma Vida Melhor
George Clooney por Os Descendentes
Jean Dujardin por O Artista
Gary Oldman por O Espião que Sabia Demais
Brad Pitt por O Homem Que Mudou o Jogo
Palpite: a vitória de Jean Dujardin nesta categoria é tida como inevitável, mas George Clooney e Gary Oldman podem virar o jogo aos 45 minutos do segundo tempo. Seus papéis em Os Descendentes e O Espião que Sabia Demais, respectivamente, são executados com precisão absoluta e o prêmio seria merecido. Brad Pitt corre por fora e Demián Bichir pode comemorar a indicação, pois é mais do que ele poderia imaginar.
Se este fosse um mundo justo Ryan Gosling não poderia ter ficado de fora dessa lista. Seu motorista sem nome de Drive é daqueles personagens que marcam um ator por toda sua carreira, como foi Travis Bickle (Taxi Driver) para Robert de Niro. Outras ausências imperdoáveis são Leonardo di Caprio (J. Edgar) e Michael Fassbender (Shame).
Melhor Atriz:
Glenn Close por Albert Nobbs
Viola Davis por Histórias Cruzadas
Rooney Mara por Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Meryl Streep por A Dama de Ferro
Michelle Williams por Sete Dias com Marylin
Palpite: é impossível não apostar todas as fichas na premiação de Meryl Streep - seria sua terceira vitória em 18 (!) indicações. Sua Margaret Thatcher em A Dama de Ferro monopoliza todas as atenções no filme e é a única coisa que o torna apreciável e menos entediante. Mas Viola Davis venceu o Critics' Choice Awards, e os membros da Academia podem considerar que Streep já ganhou o bastante; talvez seja a hora de uma nova diva do cinema surgir, e Viola Davis pode ser essa diva.
Se este fosse um mundo justo Viola Davis levaria a estatueta para casa. Sua Aibileen tem todos os elementos para uma personagem inesquecível: tem dor, delicadeza e um olhar que não deixa nenhum espectador imune. Merece ganhar.
Na parte 2, falaremos sobre Ator e Atriz Coadjuvante, os prêmios de Roteiro e Animação. Esteja de volta no dia 20/02!
Melhor Diretor:
Woody Allen por Meia-Noite em Paris
Michel Hazanavicius por O Artista
Terrence Malick por A Árvore da Vida
Alexander Payne por Os Descendentes
Martin Scorsese por A Invenção de Hugo Cabret
Michel Hazanavicius |
Palpite: seguindo a tendência das últimas premiações, é fácil apostar na vitória de Michel Hazanavicius; o cineasta responsável por comédias-pastelão francesas sem nenhuma relevância na história do cinema realizou um filme belo e delicado, um verdadeiro tributo à sétima arte.
Se este fosse um mundo justo a estatueta não estaria em melhores mãos que as de Martin Scorsese, que só ganhou um prêmio de direção por Os Infiltrados. Seu A Invenção de Hugo Cabret é simplesmente sublime.
Melhor Ator:
Demián Bichir por Uma Vida Melhor
George Clooney por Os Descendentes
Jean Dujardin por O Artista
Gary Oldman por O Espião que Sabia Demais
Brad Pitt por O Homem Que Mudou o Jogo
George Clooney merece mais um Oscar |
Se este fosse um mundo justo Ryan Gosling não poderia ter ficado de fora dessa lista. Seu motorista sem nome de Drive é daqueles personagens que marcam um ator por toda sua carreira, como foi Travis Bickle (Taxi Driver) para Robert de Niro. Outras ausências imperdoáveis são Leonardo di Caprio (J. Edgar) e Michael Fassbender (Shame).
Melhor Atriz:
Glenn Close por Albert Nobbs
A vitória de Meryl Streep é uma barbada |
Rooney Mara por Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Meryl Streep por A Dama de Ferro
Michelle Williams por Sete Dias com Marylin
Palpite: é impossível não apostar todas as fichas na premiação de Meryl Streep - seria sua terceira vitória em 18 (!) indicações. Sua Margaret Thatcher em A Dama de Ferro monopoliza todas as atenções no filme e é a única coisa que o torna apreciável e menos entediante. Mas Viola Davis venceu o Critics' Choice Awards, e os membros da Academia podem considerar que Streep já ganhou o bastante; talvez seja a hora de uma nova diva do cinema surgir, e Viola Davis pode ser essa diva.
Se este fosse um mundo justo Viola Davis levaria a estatueta para casa. Sua Aibileen tem todos os elementos para uma personagem inesquecível: tem dor, delicadeza e um olhar que não deixa nenhum espectador imune. Merece ganhar.
Na parte 2, falaremos sobre Ator e Atriz Coadjuvante, os prêmios de Roteiro e Animação. Esteja de volta no dia 20/02!
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