As feridas abertas do Israel pós-Segunda Guerra já foram tema de bons filmes, como Munique, de Steven Spielberg, e Exodus, estrelado por Paul Newman em 1960. Em No Limite da Mentira (The Debt, EUA, 2010), o diretor John Madden (Shakespeare Apaixonado) mais uma vez toca na ferida israelense causada pelo regime nazista: o filme fala da caçada a um criminoso nazista, conhecido como o cirurgião de Birkenau. Para caçá-lo e levá-lo à justiça, três jovens agentes do Mossad - o serviço secreto israelense - são enviados a Berlim Oriental na década de 1960. Suas ações naquela época se tornarão uma cicatriz que os acompanhará por toda a vida.
No papel dos agentes ainda jovens, o elenco traz bons atores: Marton Csokas (que atuou em O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei), Sam Worthington (Avatar) e a estrela em ascensão Jessica Chastain (Histórias Cruzadas e A Árvore da Vida). Os três vivem um tenso triângulo amoroso, que pode comprometer toda a missão e estabelecer mágoas jamais superadas.
O filme tem ainda um segundo núcleo temporal, que mostra os agentes em 1997, lidando com as consequências de sua escolha quando jovens. Helen Mirren (A Rainha), Tom Wilkinson (Entre Quatro Paredes) como o Marton Csokas maduro e Ciarán Hinds (O Espião que Sabia Demais) no papel de Sam Worthington mais velho. O elenco é um dos pontos fortes do filme; todos os atores entregam desempenhos marcantes, com destaque para Jessica Chastain. A atriz demonstra uma desenvoltura impressionante, no papel de uma agente em sua primeira missão de campo, entregue à sua tarefa de levar um criminoso de guerra que claramente a apavora.
No Limite da Mentira traz ainda uma discussão sobre até que ponto verdades guardadas a sete chaves por anos devem ser trazidas à tona, e quais consequências tal atitude pode trazer. Um filme que merece ser descoberto.
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