Os Piores Filmes de 2011

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Como meu amigo Artiles Reis já disse, eu vejo todo tipo de filme. E é verdade! Com exceção da maioria dos filmes de terror (que não faço muita questão de ver), eu tenho esse hábito de assistir quase todo filme que baixo com o mesmo empenho com que vejo Cidadão Kane todo ano, religiosamente. Talvez por este hábito típico de um cinéfilo muitas vezes me deparo com verdadeiras bombas que ao menos me trazem a possibilidade de escrever esta lista: os piores filmes do ano! E convenhamos, é muito mais divertido escrever uma lista com os piores filmes do que ficar procurando filmes "de arte" bons o bastante para figurar entre os melhores. Sendo assim, vamos aos piores filmes que vi este ano (e um que não vi, mas é ruim mesmo, nem venham discutir):

Cartaz climático, filme apático
10. A Coisa - Uma decepção daquelas. Se o filme de John Carpenter de 1982 (O Enigma de Outro Mundo) é um terrorzão de ficção científica com um clima tenso e uma criatura tenebrosa, este prelúdio ao clássico da década de 80 se mostrou uma frustração e uma prova de que não adianta investir 30 milhões de dólares em um filme desses sem que tanta grana esteja nas mãos de pessoas talentosas. Que saudade da genialidade de John Carpenter!

9. Eu queria ter a sua vida - Comédia sobre troca de corpos? Isso é trama velha até no Brasil!

Alegria é ter uma scooter!
8. Larry Crowne - O amor está de volta - Aparentemente, não tinha como dar errado: Tom Hanks de volta à direção e ainda estrelando o filme juntamente com Julia Roberts, fazendo um casal em uma comédia romântica? Até posso ver os olhos dos executivos brilhando, pensando nos milhões arrecadados. Doce ilusão! Larry Crowne é a prova de que as coisas não são mais como antigamente em Hollywood. Nenhum filme se sustenta mais somente pelo fato de ter um elenco estelar. A força está na ideia, ou na familiaridade do público com a história, o que acontece com adaptações de livros ou quadrinhos. No final das contas, esta comédia sem graça tenta se sustentar em uma ou duas cenas bacanas, mas não cria nenhuma empatia com o público. Seu protagonista em nenhum momento faz com que a audiência torça por ele, e o beijo do casal no fim (oh, spoiler, foi mal aí) não emociona nem aquela balzaquiana solteirona, com as emoções à flor da pele. Bomba total.

O pior uso de CG do ano
7. Lanterna Verde - Com um personagem interessante nas mãos, mas uma execução pífia, este filme de super-herói poderia tirar a DC do ciclo Superman-Batman nas adaptações cinematográficas. Entretanto, o que se tem é um daqueles filmes absolutamente descartáveis que acerta em algumas (poucas) coisas e erra na maior parte da projeção. Se a criação do mundo de Oa, planeta dos guardiões, é de encher os olhos, a atuação desinteressada de Ryan Reynolds é medíocre - como é que um cara comum recebe um anel com poderes quase infinitos e se adapta a ele como quem compra um celular e logo aprende a usá-lo? Entre outros fatores, este filme está nesta lista simplesmente por não funcionar em sua totalidade. E olha que eu botava fé nele, a despeito de todos os outros fãs estarem muito desconfiados. Maldita ingenuidade!

Não podiam ter se contentado com um filme?
6. Se beber, não case Parte 2 - Tá brincando? Os caras fazem exatamente o mesmo filme, com exceção do cenário diferente (troca-se Las Vegas por Bangkok), e ainda querem receber elogios? Mais caça-níqueis impossível!

5. Sucker Punch - Mundo Surreal - Este era para ser o filme mais pessoal de Zack Snyder (300, Watchmen, Madrugada dos Mortos), mas no fim se tornou aquele filme que alguns fãs querem tornar cult a todo custo, mesmo sendo uma tremenda decepção! Durante a divulgação do filme, os trailers mostravam cenas fantásticas, com cenários de videogame, ação insana e mulheres fatais no melhor estilo Sin City. Mas com uma trama rala (ou a completa ausência dela), Sucker Punch não passa de um delírio mal descrito. Se Snyder escolhesse retirar toda aquela fraca trama no hospício e desenvolvesse uma daquelas subtramas contadas na mente da protagonista, talvez desse para retirar o filme desta lista. Ele não fez isso, deu no que deu: fracasso de público e crítica.

Ela é bonita, ok. Mas o filme...
4. Professora Sem Classe - Mais uma comédia insossa fazendo parte da lista. Quem achava que Cameron Diaz voltaria ao estrelato com esta tentativa de criar um ícone dos anti-heróis, certamente pensou melhor depois de assistir - a duras penas - os 90 torturantes minutos com a história desta "professora" insuportável que não consegue a simpatia do público nem por um segundo.

Cilada é ver este filme


3. Cilada.com - Se tinha que existir um representante do nosso querido cinema nacional por aqui, este tem que ser Cilada.com. Se na TV o programa Cilada apresentava situações incômodas interessantes e divertidas, a transição para o cinema mostrou o quanto um ego inflado pode ser ruim para um comediante. Com piadas à la Zorra Total e um machismo quase patológico, o filme (?) com Bruno Mazzeo é um insulto à inteligência até dos fãs do humorístico global citado anteriormente. Pensando bem... Não. Eles vão gostar.

2. Cowboys & Aliens - É impressionante como Jon Favreau, dirigindo Daniel Craig e Harrison Ford, possa ter errado tanto com um filme. Esta aventura que mistura western com ficção científica até começa bem, com o misterioso primeiro ato, mas depois que aliens invadem o planeta, tudo degringola e se torna um "samba do vaqueiro doido". É o segundo da lista por ser a maior decepção do ano!

É ou não um dos piores cartazes do ano?
1. Reféns - Nicolas Cage e Nicole Kidman devem ter agentes bem ruins mesmo. O primeiro alterna papeis risíveis com atuações poderosas em filmes poderosos: primeiro ele arrebenta em Vício Frenético para depois fazer filmes ridículos como Caça às Bruxas ou este Reféns. Já Nicole Kidman raramente aparece em algum filme interessante, como em Reencontrando a Felicidade. Ela é a atriz mais bem paga de Hollywood, mas que não dá lucro algum há muito tempo. Já esta pérola de thriller chamado Reféns é uma verdadeira bomba, daquelas que lançam estilhaços por todos os lados. Ninguém fica ileso de culpa por este arremedo de filme. Pior do ano fácil, fácil.







Os atores do filme fazem isso o filme inteiro

MENÇÃO HONROSA - HORS CONCOURS

A Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 1  - E pensar que vampiros já foram cool. Com um fiapo de história que se arrasta desde o primeiro filme, a última parte da série "mamãe-quero-ser-Harry-Potter" não se contenta em desfilar seus pseudodiálogos em apenas um filme, obrigando as fãs enlouquecidas a pagarem novos ingressos (novos porque elas não veem o filme apenas uma vez) pela segunda parte do último livro! Coloco o filme como menção honrosa simplesmente pelo fato de ser esta franquia apenas algo tipicamente "feito para fãs", logo, não vale a pena resenhar. Mas é que falas como estas deviam ser proibidas: -Te encontro no altar. -Serei aquela de branco.
Argh.

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