A mais nova das várias adaptações cinematográficas do romance de Charlotte Brontë publicado em 1847, Jane Eyre é um verdadeiro triunfo. Da fotografia deslumbrante quando precisa ser e sombria no momento certo à escolha do elenco, em sintonia e magistral, tudo no filme de Cary Fukunaga se encaixa com perfeição, cada frame contribuindo para a construção de uma das histórias de amor mais lidas e cultuadas da literatura mundial.
Jane Eyre tem início com a personagem título (Mia Wasikowska, de Alice no País das Maravilhas do Tim Burton) vagando em meios aos campos, parecendo sem rumo. Ela chega a uma casa simples, onde é acolhida por uma família. Logo somos transportados ao passado, para descobrirmos como Jane foi parar ali, desamparada e envergonhada. Descobrimos que ela é uma órfã criada pela tia que a detesta, e a envia para uma escola de meninas, onde é educada de maneira rígida. Já adolescente, Jane é mandada para trabalhar como preceptora na casa do sr. Rochester (Michael Fassbender, o Magneto de X-Men: Primeira Classe). Ela ensinará uma protegida do misterioso proprietário do local. Como já é esperado, Jane e o sr. Rochester se apaixonam e planejam se casar, mas Rochester guarda um terrível segredo que afetará Jane para sempre.
O elenco ainda é formado pela maior atriz britânica, Judi Dench, e pelo eterno Billy Eliott, o inglês Jamie Bell, como o jovem ministro em cuja casa Jane se abriga, e que logo se apaixona por ela.
Como na obra literária, o filme mostra uma protagonista sofrida, porém de opinião forte. Jane não abaixa a cabeça para ninguém, sempre se mostrando firme em seus conceitos. Ao questionar o papel da mulher numa sociedade vitoriana inglesa, o diretor Cary Fukunaga ajuda a apresentar uma personagem clássica a uma nova geração, sem que ela perca sua personalidade segura e inesquecível. Jane Eyre pode ser comparado a outra adaptação recente de um clássico da literatura inglesa, igualmente bem sucedida em seu resultado final: Orgulho e Preconceito. Ambos os filmes trazem personagens inesquecíveis e reviravoltas que contribuem para criar novos admiradores das obras originais.
Ainda não há previsão de lançamento de Jane Eyre nos cinemas brasileiros.
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