Ok, ok. Eu admito, Querido John é totalmente chick flick (quer saber o que é isso? Clique aqui). Mas não pude deixar de emocionar com um filme sincero e nada apelativo. Na verdade, muito mais do que um veículo para tornar Channing Tatum (GI Joe - A Origem de Cobra, Ela Dança Eu Danço), um astro, o filme de Lasse Hallström (Regras da Vida, Chocolate e Sempre ao Seu Lado) mostra como muitos americanos tiveram suas vidas transformadas depois dos ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.
John é um soldado em licença em uma cidade litorânea, que conhece Savannah (Amanda Seyfried), jovem bela e encantadora. Os dois passam duas semanas de primavera em completa paixão, até a partida de John de volta ao serviço militar. Savannah conhece também o pai de John, um homem calado e colecionador assíduo de moedas raras. Ele tem autismo, mas John nunca soube identificar o problema; simplesmente se afastou do pai. Nas entrelinhas de Querido John, a trama mais importante no filme não é o amor desenvolvido entre John e Savannah e que se mantém vivo graças às cartas que os dois trocam quando ele está no exército; o principal neste belo drama é como a jovem de família conservadora - e amorosa - ajuda a resgatar o amor que John tem por seu pai.
Sem jamais forçar o espectador, este é um filme que leva o público às lágrimas, mas o que se vê em cena são emoções genuínas, mérito do diretor, conhecido realizador de filmes emocionantes - basta lembrar das lágrimas derramadas por Sempre ao Seu Lado - e do elenco: Channing Tatum está realmente convincente como o atormentado jovem que vê no exército uma espécie de segunda chance, e Amanda Seyfried (Mamma Mia!, A Garota da Capa Vermelha e Cartas Para Julieta), que expressa muito mais com os olhos do que qualquer outra atriz de sua geração. Vale destacar o competente Richard Jenkins (O Visitante), como o pai autista de John e Henry Thomas (sim, o menininho de E.T. - O Extraterrestre), em um papel fundamental na trama - se eu contar demais estrago o prazer de ver o filme.
É chick flick? Acho que sim, mas ainda assim Querido John não deixa de ser um drama romântico e emocionante. Afinal, o que esperar de uma adaptação de um dos romances de Nicholas Spark?
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