Ficção-científica teen tem suas qualidades
O cineasta D.J. Caruso tem se especializado em dirigir jovens em filmes cheios de ação e com toques românticos bem característicos das produções voltadas para o público teen, aquele que realmente lota os cinemas todos os fins de semana. Tem sido assim desde Paranoia e Controle Absoluto, os dois protagonizados por Shia LaBeouf.
Em Eu Sou o Número Quatro, Caruso volta-se para uma ficção-científica baseada em um livro de sucesso, e tem nas mãos uma nova franquia em potencial. O filme conta a história de Número Quatro (Alex Pettyfer, de Alex Rider Contra o Tempo), um dos últimos sobreviventes do extinto planeta Lorien (destruído pelos morgadorianos), enviado à Terra para dar continuidade à espécie e impedir que os morgadorianos destruam outro planeta. Sempre perseguido, Quatro viaja de cidade em cidade acompanhado de Henri (Timothy Olyphant, da série Justified), seu guardião e tutor. Os dois sabem que os "números" anteriores já foram mortos por seus inimigos, e precisam estar em constante fuga, enquanto Henri ensina Quatro a descobrir os poderes que recebeu. O lorieno adota o nome de John ao chegar à pequena cidade de Paradise, e se envolve com Sarah (Dianna Agron, a Quinn de Glee), por quem se apaixona.
A essa altura, já sabemos que os sanguinários morgadorianos estão cada vez mais perto de encontrar Quatro; sabemos também que desta vez o herói não irá mais fugir, de outra maneira não haveria o clímax explosivo e cheio de efeitos especiais que encerra o filme.
D.J. Caruso não abandona os clichês típicos dos filmes do gênero, e apesar disso, ainda entrega uma aventura romântica eficiente, que poderia render uma boa série de tevê. O romance entre John e Sarah é interessante, apesar de algumas cenas bastante forçadas: por exemplo, próximo da luta final, os dois apaixonados estão fugindo, mas ainda encontram tempo e tranquilidade para olharem fotos e conversarem.
Mesmo com alguns momentos dispensáveis, Eu Sou o Número Quatro ainda rende bastante diversão, com cenas de luta muito boas, monstros alienígenas em brigas homéricas e uma ou outra piadinha para servir de alívio cômico. Se serve como medida, o filme de D.J. Caruso é muito, mas muito melhor que qualquer Crepúsculo que há por aí.
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