Sem Limites

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Ótimo thriller é a surpresa do ano até agora

Quando o ano começou, nenhum preview com os filmes mais esperados da temporada trazia entre seus destaques Sem Limites (Limitless, EUA, 2011). Afinal, o thriller com toques de ficção científica não trazia muitos atrativos que pudessem chamar atenção do público ou da imprensa especializada. O diretor Neil Burger é um ilustre desconhecido, mesmo tendo dirigido o excelente O Ilusionista em 2006; o astro Bradley Cooper ainda não se firmou como um chamariz de audiência, embora tenha sido destaque no hilário elenco de Se Beber, Não Case; até o superastro Robert De Niro poderia ser um nome de destaque, mas sua participação no filme não vai além das aparições do ator nos trailers. Mesmo assim, o filme estreou sem nenhum alarde e se tornou a grande surpresa do ano até o momento, tendo custado 22 milhões de dólares e rendido quase 80 milhões somente nos EUA.
Mérito total da trama bem elaborada que Neil Burger reproduz na tela, adaptando o romance de Alan Glynn. Vamos a ela: Eddie Morra (Bradley Cooper) é um escritor fracassado, que embora tenha contrato para escrever um livro, sequer escreveu a primeira linha da obra. Sua vida é um completo desastre; foi casado e se divorciou, e sua atual namorada (Abbie Cornish) vê nele uma âncora que a fará ficar presa em uma vida sem nenhuma perspectiva. Até o dia em que Eddie encontra seu ex-cunhado, Vernon (Johnny Whitworth), que lhe oferece uma droga ultra-secreta chamada NZT, que faz com que seu usuário acesse toda a capacidade do cérebro, concedendo poderes incríveis de dedução, raciocínio, leitura e muitas outras vantagens. Na mesma noite em que toma o estranho comprimido transparente, Eddie escreve grande parte de seu livro e descobre novas possibilidades para sua vida. O problema é que estamos falando de um thriller aqui, e nada é simplesmente o que aparenta na superfície. Eddie procura seu ex-cunhado à procura de mais pílulas milagrosas, mas acaba se deparando com Vernon morto em seu apartamento. Isso é apenas o começo de uma história cheia de reviravoltas, com Eddie aprendendo línguas só de ouvir alguém falando, tornando-se milionário no mercado de ações, atraindo a atenção do bilionário vivido por Robert De Niro e se envolvendo em um caminho perigoso, que poderá terminar mal.
Bradley Cooper mostra que pode ser um astro sem estar restrito a comédias e romances bobalhões; o ator tem carisma e potencial dramático, e mostra isso carregando praticamente todo o filme nas costas, sem demonstrar sentir a pressão de tamanha tarefa.
Já o diretor Neil Burger não perdeu a mão que mostrou em O Ilusionista. Seu Sem Limites é interessantíssimo e prende a atenção do mais indiferente dos espectadores. Será que o talento do cineasta também é ilimitado? Isso apenas o tempo dirá.

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