Vamos falar de música: Gungor - Ghosts Upon the Earth

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Michael e Lisa Gungor
Uma das maiores carências na música pop atual é de criatividade. Fala-se da repetição de fórmulas batidas (tidas como "consagradas") e da utilização de clichês no que diz respeito a estrutura das canções. Por que toda e qualquer música TEM que ter estrofe, refrão, estrofe, refrão, ponte, refrão?
Para quem reclama dessa estagnação criativa da música moderna, ouvir um disco de Gungor é um alívio para os ouvidos. O grupo, que até 2008 chamava-se The Michael Gungor Band, vinha atraindo o interesse de um público sedento por novidades na música cristã há algum tempo, especialmente com seu álbum de 2008, Ancient Skies, no qual já flertava com o folk, apesar de ainda utilizar de muitas das fórmulas batidas. Em 2010, já denominado apenas Gungor, o grupo veio com Beautiful Things, um lindo disco que mudou totalmente a visão musical da banda. Muito menos "worship rock estilo Hillsong" e muito mais um folk-rock repleto de instrumentos, Michael e Lisa Gungor mostraram uma melhora imensa na construção lírica de suas letras e no desenvolvimento dos arranjos. A mudança radical de postura musical resultou em várias publicações especializadas apontarem Beautiful Things como o disco do ano.
Ghosts Upon the Earth, álbum imperdível
Mas eis que chegamos em 2011 e o incansável grupo lança Ghosts upon the earth. Basta colocar o disco para tocar e logo se tem a sensação do quão camaleônico o Gungor é. Nenhuma música, simplesmente nenhuma, é igual (ou semelhante) a outra. 
Logo na primeira faixa, Let There Be, ouvimos a voz suave de Lisa Gungor entoando uma espécie de hino celta, embalado por um violão e um piano repleto de sentimentos, anunciando a criação descrita no livro de Gênesis. A canção segue em um crescente, até se tornar uma apoteose épica espetacular. Com um início arrebatador como esse, só resta ao ouvinte se render e não desgrudar os ouvidos do álbum até que este termine e nos deixe extasiados!
Brother Moon, a segunda faixa, é uma declaração da soberania de Deus. "Em ti vivemos / Em ti nos movemos / Em ti temos nossa existência / Tu és glorioso / Tu nos mantém juntos / Todos juntos".
Faixa a faixa, o disco mantém sua qualidade, com um instrumental impecável e letras de uma profundidade espiritual raramente encontrada. Em When Death Dies, ouvimos: "Quando a morte morre / Todas as coisas vivem".
Violoncelos, violinos, violões solenes e uma percussão marcante são características dos arranjos espetaculares deste disco excepcional, que sem dúvida coloca o Gungor como uma das bandas mais importantes na música pop atual, seja cristã ou secular.

Duvida? Então assista a esta performance acústica de When Death Dies. Prepare-se para ficar sem palavras.




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