Em 2002, o Afeganistão estava na moda. Ou pelo menos, estava na boca de todo mundo. Os jornais mostravam os conflitos que haviam tomado conta do país, causados pela derrocada do Talibã e pela caçada a Osama Bin Laden, ambos os eventos perpetrados pelos Estados Unidos. Foi neste período que Asne Seierstad, uma premiada jornalista norueguesa, viveu durante alguns meses como hóspede de uma família afegã. Uma família de "classe média", se é possível usar este termo em um país devastado por duas décadas de regimes totalitaristas e opressores. Nestes meses, Seierstad experimentou a rotina do povo, das mulheres, dos jovens e dos homens, estes os grandes chefes da sociedade. Ela relatou sua experiência em O Livreiro de Cabul (Editra Bestbooks), livro que se tornou bestseller mundial, com mais de 2 milhões de exemplares vendidos.
Eu acabei a leitura hoje, e posso afirmar que trata-se de um livro triste, que retrata um povo triste, conformado com seu destino. Gente que segue sua vida como se não houvesse mais nada a fazer além de cumprir sua rotina de todos os dias, sem esperança nem perspectiva de um futuro melhor.
Em cada capítulo, Asne se aprofunda em algum membro da família de Sultan Khan, o livreiro do título, homem que se considera liberal, mas que rege sua família com mão de ferro. Há histórias de cortar o coração, como a de Leila, sobrinha de Sultan, uma jovem bonita e cheia de sonhos, mas está condenada a se casar contra a vontade e ser para sempre escrava das tarefas domésticas.
O Livreiro de Cabul é uma obra veemente, uma reportagem fascinante, que mostra uma dura realidade, sem enfeites nem artifícios. Um livro que deve ser lido.
Amei o comentário do livro, filho!
O blog tá estilo, hem!
Até hj, tô esperando sua ajuda no meu, hem...
Bjoca!