Há filmes tão marcantes e fascinantes a ponto de as pessoas memorizarem falas inteiras e reproduzi-las sempre que há a oportunidade. São obras de grande apelo emocional ou que simplesmente trazem ideias originais em um universo recheado de remakes, adaptações de HQs e filmes-catástrofe. Pulp Fiction - Tempo de Violência, dirigido por Quentin Tarantino em 1994, é um bom exemplo, talvez o melhor exemplo, se considerarmos os anos 90.
Poucos filmes têm tamanha aura cult como este. Com seus personagens que têm o que dizer, sua narrativa aparentemente desconexa mas que vai se encaixando conforme a trama avança, e seus diálogos marcantes e recheados de referências da cultura pop, Pulp Fiction tornou-se um clássico instantâneo na noite do lançamento, sendo elogiado em todos os países onde foi exibido.
Nos anos 90 John Travolta estava enfrentando um limbo artístico, depois de ter sido catapultado à fama ao estrelar Embalos de Sábado à Noite. Quentin Tarantino foi a salvação para o astro, que o escalou para o papel do assassino a serviço da máfia Vincent Vega. O mesmo aconteceu com Bruce Willis, que amargava um período de filmes ruins (Hudson Hawk, A Cor da Noite) e precisava urgentemente de um bom papel. Tarantino não apenas lhe deu um bom papel; o boxeador frustrado Butch é um dos seus papéis mais lembrados por crítica e fãs.
Na verdade, a galeria de personagens que desfila em Pulp Fiction não deixa dúvidas de que Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos. Basta lembrar da personagem de Uma Thurman, que não somente tornou-se um ícone pop (vide cartaz do filme), como fez de Uma Thurman uma estrela de primeira grandeza na constelação hollywoodiana. Não podemos esquecer do misterioso e estranhamente elegante Winston "Wolf", vivido por Harvey Keitel. Há o casal franco-americano de assaltantes (Tim Roth e Amanda Plummer) e a mulher de Butch, delicada mas irritante (Maria de Medeiros).
São tantas as razões que fazem deste filme inesquecível, que uma simples resenha não daria conta para esmiuçar os detalhes e a profundidade da leitura que pode ser feita a partir dele.
Fica a recomendação para assistir uma obra que vai permanecer por muito tempo na mente de quem a assistir. Se você já tiver assistido, veja de novo. Quem sabe você também não memoriza uma das geniais falas.
Falar do Tarantino é chover no molhado, hehehe!
Muito foda, assisti ainda na época das fitas cassete. Um dos melhores filmes da minha vida com certeza (junto do Cães de Aluguel)