Um filme que estreou sem muito sucesso mas que depois ganhou o status de cult, depois virou musical da Broadway recordista do Tony Awards (o Oscar do teatro americano), e depois retornou aos cinemas em um remake de muita qualidade, cujo trunfo está no fato de contar com os mesmos atores da montagem teatral como protagonistas no filme.
Essa é a trajetória de Os Produtores (The Producers, EUA, 2005), um musical delicioso, politicamente incorreto, com canções sensacionais e um humor agradável, com um elenco pulsante, em sintonia com a história e o espírito do filme.
O filme original, de 1967, foi escrito e dirigido por Mel Brooks (que ganhou o Oscar de melhor roteiro original), e no Brasil ganhou o título de Primavera para Hitler. Este é na verdade o título do musical que os personagens do filme querem produzir para dar um golpe na Receita Federal e embolsar o dinheiro que velhinhas "calientes" doaram para a produção da peça. É que numa jogada bem malandra, se a peça for um fracasso e não permanecer em cartaz, os produtores podem ficar com todo o dinheiro investido sem prestar contas a ninguém.
Para isso, eles procuram "a pior peça já escrita, o pior diretor de todos e o pior elenco da história". Mas o melhor (nesse caso, o pior) acontece, e a peça é um estrondoso sucesso!
Com esta trama hilariante por si só, o elenco está perfeito. Matthew Broderick (o Ferris Bueller de Curtindo a Vida Adoidado), Nathan Lane (de A Gaiola das Loucas) e Uma Thurman (a noiva de Kill Bill) só faltam soltarem faíscas, de tanto talento. Mas sem dúvida nenhuma, a melhor participação é do comediante Will Ferrel (Um Duende em Nova York, O Âncora, Mais Estranho que a Ficção), como o dramartugo nazista amalucado, que quer fazer de tudo para que sua peça seja uma ode a Hitler, mas se depara com um nazista gay e sem-noção.
Tudo isso faz de Os Produtores um filme imperdível para quem gosta de bons musicais.
0 Comente aqui!:
Postar um comentário