0

Uma Breve História do Design de Créditos

Marcadores: ,


A Brief History of Title Design from Ian Albinson on Vimeo.

Encontrei este vídeo muito interessante misturando alguns dos melhores designs de créditos de abertura de filmes. Entre eles, Intriga Internacional (North by Northwest), Prenda-me se for capaz, Se7en, Anatomia de Um Crime e outros mais. Confira, o trabalho ficou muito interessante.

0

The Killing

Marcadores: , ,

Quem matou Rosie Larsen?
Série policial foge de esterótipos e conquista o espectador


The Killing, nova série do canal americano AMC, relata a investigação do assassinato de uma adolescente, Rosie Larsen. Desenvolvida por Veena Sud (Cold Case), a série é um remake de um seriado dinamarquês de grande sucesso, Forbrydelsen. Ambientada em Seattle, Washington, The Killing não é um drama policial comum na atual produção televisiva americana; no lugar de apresentar um caso diferente toda semana e acompanhar seu desenvolvimento até a solução, o programa se concentra em um único caso, aparentemente banal: a morte de Rosie Larsen. A partir daí, o espectador acompanha três histórias, todas ligadas por este acontecimento: a vida dos pais da menina depois de sua morte, os bastidores da campanha de um vereador da cidade para se eleger prefeito (um dos carros de sua equipe foi jogado em um rio com Rosie no porta-malas), e o trabalho de dois detetives para desvendar o crime.
Cada episódio se passa durante um dia de investigação, e pouco a pouco somos levados a juntar as pistas, que de maneira realista e completamente verossímil, vão surgindo em cena. Em The Killing não há soluções pseudocientíficas jogadas no colo do público com diálogos supervelozes explicando a lógica de cada artifício. Os personagens parecem reais, os policiais usam a intuição, além de todo o aparato investigativo. Não se ouve diálogos apressados; cada fala surge no momento certo, o que faz de cada episódio hipnótico.
A chuva é algo constante em The Killing. Chove praticamente o tempo todo, fazendo com que a cidade de Seattle pareça ainda mais sombria e sinistra, quase o lugar perfeito para se cometer um crime - e se investigá-lo.
Mais uma vez o canal AMC entrega uma produção caprichada e quem tem todos os ingredientes para se tornar outro sucesso. Depois de Mad Men e The Walking Dead, The Killing prova que boas histórias são o ingrediente perfeito (e primordial) para se realizar séries relevantes, interessantes e o melhor de tudo: viciantes.

Em tempo: até o momento nenhum canal pago brasileiro anunciou a exibição de The Killing. Vamos aguardar novidades.

0

Cinema Paradiso (da Série 1001 Filmes)

Marcadores: , , , ,

Um filme que aquece o coração. É assim que eu descreveria Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso, Itália, 1988), um dos mais belos filmes de todos os tempos. O tempo passa, inúmeras produções são lançadas todas as semanas, mas ainda uma sessão desta obra-prima de Giuseppe Tornatore é capaz de trazer lágrimas aos olhos dos mais desalmados espectadores.
O filme conta a história de Salvatore "Totó" Di Vita, um cineasta famoso em Roma que recebe a notícia da morte de um certo Alfredo. Totó então se lembra de sua infância em um vilarejo siciliano, de sua amizade com o projetista do cinema local, o Paradiso, cujo nome era Alfredo. A história acompanha vários anos da vida de Totó: a infância como um menino apaixonado pelo cinema, pela arte da projeção; a adolescência de um Totó que descobre o amor, ainda que proibido; a vida adulta, como um homem que mesmo bem-sucedido, descobre-se com saudades de um tempo mais puro.
Cinema Paradiso é uma verdadeira homenagem a uma época que não volta mais, quando o cinema era a diversão favorita dos moradores de vilarejos e cidadezinhas. O filme é uma sucessão de personagens adoráveis, que tornam a experiência de vê-lo inesquecível. O padre que assiste os filmes antes de todos e exige que Alfredo corte todas as cenas de beijo; o casal que se forma durante as sessões; o homem que só vai ao cinema para dormir; o morador da vila que ganha na loteria e compra o Paradiso. Todos figuras fantásticas, que conduzem o espectador em uma jornada de nostalgia e emoção.
Como se tudo isso não bastasse, Giuseppe Tornatore encerra seu clássico moderno com uma das cenas mais  emocionantes de toda a história (assista e diga se não é verdade), sempre ao som de uma trilha sonora mágica composta pelo mestre Ennio Morricone - o tema de amor entre Totó e Elena está entre os mais belos de todos os tempos (ouça o tema AQUI).
Por tudo isso, Cinema Paradiso merece ser visto e revisto, e é digno de todos os prêmios que recebeu pelo mundo, sendo premiado também com o Oscar de Filme Estrangeiro. Nada mais justo.

2

Game of Thrones Ep. 02 - The King's Road

Marcadores: , , ,

Bran encontra-se em coma, surpreendendo os Lannisters, que o queriam morto. Enquanto isso, Daenaerys Targaryen quer aprender como agradar seu esposo. Em Winterfell, os lobos gigantes adotados pelas crianças Stark, mostram toda sua lealdade para com seus mestres e isso poderá custar um alto preço. Snow chega à Muralha com seu tio, para se juntar à Patrulha da Noite.
Episódio muito bom, com um final que deixa mais uma vez um gancho interessante para o próximo. Pena que ainda vai levar uma semana até assisti-lo. Série excelente, vale a pena conferir.

Clique AQUI para download do torrent e da legenda do 2º episódio.

0

Game of Thrones

Marcadores: , , , , , , ,

Série épica da HBO é herdeira digna de O Senhor dos Anéis

A série mais aguardada deste primeiro semestre de 2011, Game of Thrones estreou no último domingo nos EUA sendo aclamada pela imprensa em sua maioria. Uma superprodução até para um canal que preza a qualidade como a HBO, a série que adapta os livros de George R. R. Martin promete preencher o espaço deixado vazio no coração dos fãs de fantasia quando os créditos finais de O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei subiram em salas de cinema no mundo todo. Com o primeiro episódio já exibido, posso dizer que a promessa está sendo cumprida.
Com um prólogo assustador, o primeiro episódio, "Winter is coming" (O inverno está chegando), introduz o mundo de Westeros, terra fantástica dividida em sete reinos, cuja capital é Porto do Rei. Somos apresentados ao reino de Winterfell, dominado pelo clã dos Stark. Seu chefe, Eddard Stark (Sean Bean, mostrando que tem vocação para épicos - lembram de A Sociedade do Anel?), é um líder amado pelo povo e admirado por sua família. Ele recebe a visita do rei dos sete reinos, que lhe convida para ser a Mão do Rei, uma espécie de protetor do rei e de sua família, o que é uma grande honra.
Este é apenas o começo da série, que narrará a disputa pela posse do Trono de Ferro. Há grande espaço para traições, incesto, selvagens misteriosos e todo um mundo novo de fantasia para explorar. Mas não espere seres fantásticos, ou dragões (ao menos não por enquanto); Game of Thrones é calcada em bastante realismo, o que aproxima a série muito mais de programas como The Tudors e Os Pilares da Terra do que da obra máxima de Tolkien.
Apesar de todo o hype, Game of Thrones estreou com uma audiência baixa para o que o canal esperava. Mesmo assim, a HBO já assegurou a produção de uma segunda temporada, que adaptará o segundo livro de George R. R. Martin.
Mas o prognóstico para o andamento do programa é o melhor possível, já que logo na estreia o espectador pode constatar a qualidade de cenários, efeitos especiais, e principalmente das atuações, que estão à altura do que se espera de uma produção assim.
Game of Thrones estreia na HBO brasileira em 8 de maio, às 21:00.

Quer assistir também? Então faça o DOWNLOAD aqui do 1º episódio e das legendas.

Procure novos episódios toda semana aqui, no LENDO, VENDO, ESCREVENDO.

0

Ótimos Filmes Fora de Hollywood

Marcadores: , , ,

Indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Incêndios e Em Um Mundo Melhor (este sendo o vencedor na categoria) são obras cinematográficas de altíssima qualidade, e com grande relevância na abordagem de temas dos tempos modernos. Vamos a eles:
Incêndios (Canadá, 2010) - O filme de Dennis Villeneuve conta a história de dois irmãos gêmeos canadenses, filhos de uma libanesa que ao morrer deixa um testamento que lhes confere uma missão: encontrar o pai que eles consideravam como morto, e seu irmão, este um completo desconhecido, cuja existência torna-se uma surpresa para eles. A partir da busca primeiro da irmã, Jeanne, e depois do relutante irmão Simon, o filme nos leva até o Líbano, onde muitos segredos serão revelados sobre o passado de sua família. Segredos que levam Incêndios a um dos finais mais surpreendentes e estarrecedores desde que Bruce Willis descobriu estar morto em O Sexto Sentido. Com uma narrativa contada em retalhos, o espectador é convidado a montar o quebra-cabeça do roteiro, que vai e vem no tempo sem comprometer a compreensão da trama e ao mesmo tempo sem subestimar a inteligência da audiência - com letreiros indicando local e data da cena, por exemplo. O trio de protagonistas está primoroso, com destaque para Lubna Azabal, no papel da mãe, Nawal Marwan; a atriz mostra-se brilhante como a mulher vítima de seu destino, que se mostra determinada a lutar pelo que é justo. Incêndios não levou o prêmio da Academia, mas mostrou-se um fortíssimo concorrente. Mas isso não diminui a importância do filme, que expõe temas relevantes para os tempos atuais: os costumes religiosos fundamentalistas, a violência sofrida pelas mulheres nos países muçulmanos e a luta pela liberdade em países assolados por governos autoritários.

Em Um Mundo Melhor (Dinamarca, 2010) - Dirigido por Susane Bier, o vencedor do Oscar deste ano na categoria Melhor Filme Estrangeiro é impactante e hipnótico. Começa mostrando o trabalho de um dos protagonistas, Anton, médico em algum país africano, atendendo pacientes em condições precárias, e tomando conhecimento de um chefe do crime que apavora mulheres grávidas da região e as abre para saber o sexo dos bebês. Ao deixar a clínica improvisada, Anton sempre tem seu caminhão acompanhado de várias crianças, sorrindo e gritando. O olhar do médico para essas crianças e a câmera de Susane Bier dá alguma esperança de que um mundo melhor é possível.
Corta para a Dinamarca, país de Anton, onde encontramos seu filho, Elias, que sofre de bullying na escola, sendo humilhado e apelidado. Sua vida começa a mudar quando ele conhece Christian, novato no colégio, que se tornará seu amigo. Mas esta será uma amizade que pode se tornar perigosa.
As vidas das famílias de Christian e Elias se cruzarão, e o fim desta história pode não ser tão esperançoso quanto sugere o título - inclusive o original, cuja tradução seria "Paraíso".
Um drama poderoso, Em Um Mundo Melhor mostra a estagnação com que algumas pessoas enfrentam seus problemas, e como outras pessoas mostram que violência só gera violência. Vale muito a pena assistir.


0

Clube dos Cinco (da série 1001 Filmes)

Marcadores: , , , , ,

Não houve diretor que melhor compreendesse a alma jovem do que John Hughes. Ele foi o diretor de verdadeiros "clássicos" da Sessão da Tarde, como A Garota de Rosa Shocking, Gatinhas e Gatões, Esqueceram de Mim e este Clube dos Cinco, o filme de toda uma geração.
A história se passa inteiramente em um único sábado, em uma high-school americana, para onde vão cinco adolescentes passar o dia em "detenção", uma espécie de castigo para alunos que aprontaram além da conta durante a semana. Cada um deles representa um estereótipo dos adolescentes retratados no cinema (e talvez mais reais do que imaginamos): Andrew (Emilio Estevez) é o atleta, Claire (Molly Ringwald) é a menina popular, rica, bonita e virgem, Brian (Anthony Michael Hall) é o nerd, estudioso e sempre tirando as melhores notas, Allison (Ally Sheedy) é a garota esquisita, considerada uma "freak", para citar uma gíria americana, e  Bender (Judd Nelson) é o garoto rebelde, problemático, eternamente culpado por tudo de ruim que acontece na escola.
Durante todo o sábado eles terão que conviver uns com os outros, e descobrem muito mais do que estampam seus rótulos pré-estabelecidos. Na verdade, não passam de adolescentes como todos os outros, com problemas de aceitação, sofrendo pressão dos pais para obterem boas notas, serem atletas vencedores, ou simplesmente superarem o péssimo ambiente familiar que lhes é oferecido.
Clube dos Cinco (The Breakfast Club, EUA, 1985) marcou uma multidão de jovens que até hoje idolatram o filme como uma espécie de manifesto contra a falta de compreensão dos adultos, mas também estabeleceu padrões para futuros filmes que abordassem o tema da transição para a vida adulta. A genialidade de John Hughes está presente nos diálogos sensacionais e cheios de reflexão, mas também pode-se ver na maneira como ele conduz a história, que apesar de estar limitada a um único cenário, não perde em agilidade e interesse do público.
Trata-se de um filme inesquecível. Se serve como um exemplo disso, lembro-me de tê-lo visto em algum momento no começo dos anos 1990, no Corujão da Globo e nunca mais depois disso, até hoje, quando o filme foi exibido no canal pago Telecine Cult. As cenas do grupo de adolescentes problemáticos correndo pelos corredores da escola, os diálogos marcantes entre os cinco durante uma espécie de "jogo da verdade", tudo isso me marcou como adolescente na época e ainda marca.

Depois do sucesso
O elenco de Clube dos Cinco, pelo menos em sua maior parte, não foi muito visto no cinema depois da década de 1980. Dos cinco, apenas Anthony Michael Hall pôde ser visto em algumas séries de destaque, como em The Dead Zone (conhecida no Brasil como O Vidente). John Hughes dirigiu apenas oito longas, mas ele seguiu escrevendo roteiros para comédias como a série Esqueceram de Mim, Beethoven, Dennis - O Pimentinha e 101 Dálmatas.
Hughes faleceu em 2009, sem nunca receber um Oscar. Sua obra foi homenageada em 2010, na cerimônia de entrega do Oscar daquele ano. Mas prêmios à parte, Hughes permanece vivo, como o cineasta que mais entendia a mente e a alma dos jovens, sejam aqueles dos anos 1980, ou de qualquer outra década.

3

Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1

Marcadores: , , , ,

Sétimo filme baseado na série literária lida por milhões de leitores em todo o mundo, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 (EUA, 2010) é o começo do ápice de uma história construída ao longo dos seis filmes anteriores, com o trio de protagonistas entrando na vida adulta e colocando em prática tudo o que aprenderam em seis anos estudando em Hogwarts. Se o sexto filme (Harry Potter e o Enigma do Príncipe) deixou a ação de lado para focar nos relacionamentos e confusões amorosas vividas pelos jovens protagonistas, nesta produção ação e aventura se misturam a cenas de suspense que não são recomendadas para crianças menores.
Em As Relíquias da Morte - dirigido mais uma vez por David Yates - Harry, Hemione e Ron passam a viver escondendo-se dos espiões de Voldemort, que assumiu o controle do Ministério da Magia e declarou-os fora-da-lei. Desta vez não há aulas em Hogwarts, nem alívios cômicos em excesso. O tom sombrio permeia as mais de duas horas de projeção. Os três amigos têm conhecimento da existência das Horcruxes, sete objetos mágicos que contêm a alma de Voldemort, cuja destruição significará a destruição do próprio Mestre das Trevas. Assim, eles saem em busca das Horcruxes, tendo em seu encalço capangas da família Malfoy e os temidos comensais da morte. Mas os heróis descobrirão a existência de três objetos ainda mais poderosos e perigosos, as relíquias da morte, cujo possuidor terá poder sobre a própria morte.
Apesar de ter muita ação do começo ao fim (combates aéreos, lutas com serpentes, e a briga do clímax), o filme ainda usa cenas que mostram o crescimento de Harry, Hermione e Ron, e a consolidação de sua amizade. David Yates mais uma vez prova seu talento em dirigir atores e extrair atuações excelentes de seu elenco. Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint mostram o quanto evoluíram como atores, entregando performances coerentes e sem exageros.
No fim das contas, o saldo é extremamente positivo. Dividir o último livro da série de J. K. Rowling em dois filmes pode ter sido uma tentativa do estúdio de capitalizar ainda mais em cima desta, que é a série mais lucrativa da Warner Bros.; fora essa jogada capitalista, tal ideia provou-se ideal para encerrar em mais detalhes uma história que tem cativado multidões de crianças, jovens e adultos desde 2001. E que venha a parte 2!

Posts relacionados

Related Posts with Thumbnails