"Cara, você tem que ver Gran Torino."
"É sobre um carro?"
"Não, é sobre um veterano da Guerra da Coréia que mora em um bairro decadente. Ele não tem laço afetivo com os dois filhos, a mulher acabou de morrer e seu único vínculo com o mundo é uma família de imigrantes chineses que ele começa odiando e termina se entrosando e sacrificando muito alto por eles."
"Mas e o carro?""Ah, o carro. É que o tal veterano tem um Gran Torino, que um rapaz chinês da etnia hmong tenta roubar. O personagem do Clint Eastwood (que também dirige o filme) pega o garoto no flagra e quase o mata, mas depois o chinezinho é obrigado pela mãe a trabalhar para ele. É isso que dá início a tudo aquilo que falei antes."
"Então o filme é sobre o carro. Se não fosse o carro, não haveria história nenhuma.""É... Acho que sim."
"O Gran Torino então passa a ser o catalisador de uma mudança genuína no tal velhote, que começa como um rabugento e termina um altruísta autêntico."
"É isso mesmo, mas quanto ao lance do altruísmo, na verdade o cara sempre foi altruísta, mas estava enferrujado. Amor e afeto também enferrujam dentro de nós se não cuidarmos."
"É verdade..."
"Mas voltando ao assunto..."
"Do carro ou do filme?"
"Mas se carro e filme, nesse caso, se confundem!"
"Então, tá."
"Você tem que ver este filme, meu. É um dos três melhores filmes do Clint Eastwood, e um dos cinco filmaços de 2008."
"Vou já para a locadora!"
Oi, Filipe! Vi Grand Torino no cinema. Gostei bastante. Até mais! Aline