Quando acaba a sessão de Última Parada 174, fica uma sensação de apatia. Apatia diante de uma situação não apenas vivida pelo protagonista da história, Sandro do Nascimento, mas por todos os que diariamente se veem sem um porto seguro, sem rumo, à deriva em um oceano de descaso e inoperância. A história real, do rapaz que em junho de 2000 sequestrou um ônibus da linha 174 e desencadeou uma das mais longas e tensas situalções com reféns da história do Brasil, é um conto de desespero e abandono, desses que não acha saída, desses que estão repletos de trevas urbanas. Ao decidir contar a história sob o ponto de vista do bandido, mostrando todas as escolhas (ou falta delas) que o levaram àquela fatídica noite de outono, o roteirista Bráulio Mantovani (de Cidade de Deus) não absolve Sandro de suas ações, mas expõe uma ferida aberta na sociedade brasileira, sem entretanto mostrar uma solução.
E a solução não é mostrada porque não cabe à obra cinematográfica fazê-la. Cabe à sociedade e aos governantes trazer à tona algo que traga esperança a pessoas que não a têm.
filipe...blog massa! rsrs
kd o negocio lá pra ganhar dinheiro! hehe
vai enrricar né!!
abraço
Bruno-www.bcnewstb.blogspot.com