Com esta triste constatação, encerra-se a projeção de 3 horas e 27 minutos de Os Sete Samurais, um dos maiores filmes de todos os tempos, obra-prima de Akira Kurosawa. Assistir a este filme não é trabalho dos mais fáceis para aqueles hipnotizados pelas produções modernas, repletas de efeitos especiais de última geração, porém vazias de roteiro, com diálogos frouxos e pré-fabricados por executivos engravatados que nada entendem de cinema como arte. Arte feita para as massas, é verdade, mas jamais uma arte tola e que subestima seu público.
Como mestre do cinema, Kurosawa conhecia o segredo para um bom filme: tem que ser uma história agradável e fácil de entender. Simples assim. Nada dos maneirismos ou manobras bestas disfarçadas de "inteligentes reviravoltas" que povoam a cinematografia do século XXI (com poucas e honrosas exceções), apenas histórias contadas de modo eficiente, que cativem a quem as assista.
No filme de 1954, um samurai decadente e velho, que só conheceu derrotas, é contratado pelos moradores de uma pobre aldeia de lavradores, que estão na expectativa de um ataque a qualquer momento por 40 perigosos bandidos. Em recompensa, o samurai só terá três refeições diárias. Como sozinho ele sabe que não conseguirá, decide arregimentar mais 6 samurais mortos de fome para juntos treinarem a população do vilarejo afim de defenderem a aldeia.
É assim, com essa história simples, que Kurosawa nos apresenta os 7 samurais, com personalidades distintas, além de alguns lavradores que se destacam no elenco. Durante todo o filme acompanhamos o treinamento dos habitantes, a angústia do samurai Keykichuo (interpretado com maestria por Toshirô Mifune) em começar logo a batalha e pelo menos duas grandes cenas de ação: o ataque surpresa à fortaleza dos bandidos, e a batalha final, grandiosa e bem orquestrada, sob uma chuva torrencial, onde algumas tragédias acontecerão.
Os Sete Samurais é uma obra duradoura e com uma emoção raras vezes vista em outras produções, realizadas no Japão ou em qualquer outro lugar do mundo, incluindo Hollywood, é claro.
Como mestre do cinema, Kurosawa conhecia o segredo para um bom filme: tem que ser uma história agradável e fácil de entender. Simples assim. Nada dos maneirismos ou manobras bestas disfarçadas de "inteligentes reviravoltas" que povoam a cinematografia do século XXI (com poucas e honrosas exceções), apenas histórias contadas de modo eficiente, que cativem a quem as assista.
No filme de 1954, um samurai decadente e velho, que só conheceu derrotas, é contratado pelos moradores de uma pobre aldeia de lavradores, que estão na expectativa de um ataque a qualquer momento por 40 perigosos bandidos. Em recompensa, o samurai só terá três refeições diárias. Como sozinho ele sabe que não conseguirá, decide arregimentar mais 6 samurais mortos de fome para juntos treinarem a população do vilarejo afim de defenderem a aldeia.
É assim, com essa história simples, que Kurosawa nos apresenta os 7 samurais, com personalidades distintas, além de alguns lavradores que se destacam no elenco. Durante todo o filme acompanhamos o treinamento dos habitantes, a angústia do samurai Keykichuo (interpretado com maestria por Toshirô Mifune) em começar logo a batalha e pelo menos duas grandes cenas de ação: o ataque surpresa à fortaleza dos bandidos, e a batalha final, grandiosa e bem orquestrada, sob uma chuva torrencial, onde algumas tragédias acontecerão.
Os Sete Samurais é uma obra duradoura e com uma emoção raras vezes vista em outras produções, realizadas no Japão ou em qualquer outro lugar do mundo, incluindo Hollywood, é claro.
Olá, Filipe! Ultimamente, tenho assistido aos clássicos de 1930, 1950, 1960... Porém, desconhecia "Os sete samurais" (lembro-me vagamente de ter ouvido falar). Quanto à frase "Assistir a este filme não é trabalho dos mais fáceis para aqueles hipnotizados pelas produções modernas, repletas de efeitos especiais de última geração", lembrei-me de "Luz silenciosa" (Sellet licht, 2007), do diretor mexicano Carlos Reygadas, sobre a família de uma comunidade menonita que vive no norte do México e fala uma espécie de dialeto alemão. O filme exigiu de mim muita concentração (e paciência!), pois, tomada pela ansiedade do dia-a-dia moderno, fiquei bastante inquieta. Sim, o filme é inquietante! Um abraço, Aline