Jenna, a personagem central de Garçonete, tem uma vida triste. Um marido horrível, um chefe mal humorado, sonhos não realizados. E para completar, ela acaba de descobrir que está grávida do tal marido horrendo, alguém tão ridículo quanto perigoso. É nesse momento que encontramos nossa heroína, uma das mulheres mais próximas do real (se é que isso é possível) que o cinema americano já produziu; e o melhor: Jenna não é o único personagem fascinante nessa história. No filme de Adrienne Shelly, que também atua como uma das amigas de Jenna, os personagens adoráveis - e detestáveis - se acumulam.
A trama vai se desenrolando e nós espectadores nos sentimos envolvidos na vida da protagonista de maneira que as lágrimas dificilmente deixarão de cair (ou a imensa vontade de que elas caiam), pois emoção Garçonete tem de sobra. Isso tudo sem nunca cair em pieguice hollywoodiana desnecessária. A atriz Keri Russel (da série Felicity) parece não perceber o peso de liderar um elenco em cinema pela primeira vez, tamanha a leveza que imprime em cada fotograma. Mesmo em cenas mais tensas percebemos uma fluidez digna das grandes divas da sétima arte.
Primeiro filme da diretora, roteirista e atriz Adrienne Shelly, este acabou sendo também sua última obra, pois Shelly foi assassinada semanas antes do filme sequer ser lançado. Triste saber que tanto talento contido nunca poderá ser compartilhado conosco, um público ansioso por bons filmes de verdade.
Fica, porém, a mensagem que a diretora queria passar: a felicidade se encontra em coisas pequenas, detalhes que falam muito mais alto no fim das contas que dinheiro e sexo. Felicidade não é errar nas escolhas. Mas é, com certeza, poder começar tudo de novo.
Primeiro filme da diretora, roteirista e atriz Adrienne Shelly, este acabou sendo também sua última obra, pois Shelly foi assassinada semanas antes do filme sequer ser lançado. Triste saber que tanto talento contido nunca poderá ser compartilhado conosco, um público ansioso por bons filmes de verdade.
Fica, porém, a mensagem que a diretora queria passar: a felicidade se encontra em coisas pequenas, detalhes que falam muito mais alto no fim das contas que dinheiro e sexo. Felicidade não é errar nas escolhas. Mas é, com certeza, poder começar tudo de novo.
Filipe, para mim, este é um de seus melhores textos "cinematrográficos". Vou locar... Ainda não tinha visto. um abraço, Aline