Diretor de Lunar entrega ficção científica intrigante e envolvente
Mal começa Contra o Tempo (Source Code, EUA, 2011), um homem acorda dentro de um trem, sentado em frente a uma bela jovem. Ele não sabe como foi parar ali, nem porque a moça o chama de Sean. Ainda desnorteado, o homem - que afirma se chamar capitão Colter Stevens - ainda tenta entender o que está acontecendo, e ao se olhar no espelho o que vê é o rosto de outra pessoa. Não haverá muito tempo para que ele se acostume com aquela estranha e perturbadora situação. Isso porque dali a oito minutos, o trem irá explodir.
Assim começa o intrigante filme de Duncan Jones (diretor de Lunar), daqueles filmes que prendem a atenção do espectador até o último minuto. Após a explosão o capitão Colter Stevens (Jake Gylenhaal, de Príncipe da Pérsia e O Segredo de Brokeback Mountain) acorda em uma espécie de cápsula, onde é informado que se encontra em um projeto militar americano denominado Código Fonte. Trata-se de um programa de computador (ou algo assim) que permite que a mente de alguém seja inserida no corpo de outra pessoa, exatamente oito minutos antes dessa pessoa morrer, quantas vezes forem necessárias. Nesse caso, Stevens entra na mente de um professor, e sua missão é encontrar o terrorista responsável pela bomba no trem, para impedir que outra bomba exploda em plena Chicago.
A partir daí, Stevens viverá a mesma cena repetidas vezes, aumentando seu nível de desespero e tensão a cada vez, para encontrar o responsável por aquela tragédia. É claro que o filme ainda reserva uma boa porção de reviravoltas, tentativas de salvar a vida da mocinha (Michelle Monaghan, de Missão: Impossível 3) e questionamentos interessantes sobre mudar o destino de alguém e como isso pode afetar o destino de todos à sua volta.
Contra o Tempo é um tremendo exercício de estilo, quase um Feitiço do Tempo versão rock'n'roll, onde o personagem vive uma mesma situação repetidas vezes. O diretor Duncan Jones não pesa a mão e mantém seu estilo fluido de contar uma boa história. Além de provar que sabe lidar com orçamentos maiores (Lunar foi feito com alguns trocados). Quanto ao espectador, a diversão está garantida. Mas isso não é Transformers. A história é boa e é parte integrante do filme. Mesmo.
Contra o Tempo estava marcado para ser lançado no Brasil pela Imagem Filmes em 17 de junho, mas até agora nada de lançamento. Assim que uma nova data for marcada, atualizaremos este post.
Que boa a palestra!
Só vi agora e não perdi tempo...como gosto de coisas que saem de um rumo muito programado...
Gostei do, "Erro, portanto vivo."
Vou passar adiante...