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Veja a primeira foto do Capitão América nos cinemas

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Chris Evans como Steve Rogers, o Capitão América
O primeiro escudo do Capitão
A Marvel está fazendo tudo certo. Ao criar todo o seu universo no cinema, a editora/estúdio mostra respeito aos fãs e atitude para arregimentar novos fãs para seus personagens. Em 2011 teremos Thor e Capitão América. Caiu na rede as fotos publicadas esta semana pela revista Entertainment Weekly, que mostram pela primeira vez o ator Chris Evans vestindo o famoso uniforme estrelado e empunhando o escudo indestrutível. Ficou tudo muito bacana, e parece que o diretor Joe Johnston (O Lobisomem, Rocketeer) está acertando mais uma vez. Confira as fotos:
Agentes da HIDRA, organização nazista

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Revendo a História do Brasil

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Best-Seller nacional, figurando em todas as listas dos mais vendidos há meses, o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil é uma das melhores coisas que publicadas este ano. O autor Leandro Narloch, jornalista que já foi editor das revistas Aventuras na História e Superinteressante, sabe bem como escrever textos que tratem de questões acadêmicas sem ser chato. O livro flui muitíssimo bem, e a leitura é muito divertida, mesmo tratando de temas polêmicos e caros para quem estudou certas coisas na escola, coisas tais que sempre tiveram status de verdade absoluta na história, mas Leandro Narloch as desmente.


Leandro Narloch
 Por exemplo, a história de Zumbi dos Palmares. Todos os livros escolares têm Zumbi como um herói nacional, uma espécie de líder socialista nos rincões do país. Mas o Guia desmente essa versão, ao afirmar que não apenas Zumbi não era um herói, como também tinha escravos. O que ele queria de fato era instalar em Palmares um novo reino africano. O autor argumenta que é muita ingenuidade acreditar que séculos antes das ideias iluministas surgidas na Europa, um quilombo fosse o ideal de igualdade entre os homens que é pregado por vários autores.
Outro tema polêmico é o que trata da matança dos índios. O Guia afirma que grande parte da culpa pelo massacre é dos próprios índios. Lendo este capítulo, me peguei pensando: não é que é mesmo? Afinal, para os nativos das terras brasileiras, eles mesmos não se consideravam "índios". Cada tribo era uma nação, que saía para a guerra com outras tribos, e cometia atrocidades. Uma das constatações mais surpreendentes (ao menos para mim, que não sou historiador) é a de que os índios nem mesmo conheciam a roda!

Outros personagens "sagrados" da historiografia brasileiras são totalmente destratados por Leandro Narloch, como os comunistas que lutaram contra a ditadura militar, a Coluna Prestes, o fato de muitos escravos serem libertos para simplesmente sonharem em terem seus próprios escravos, etc.

O Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (Editora Leya) é uma leitura muito prazerosa e informativa. Merecidamente, está entre os best-sellers brasileiros. E para quem acha que um livro só é pouco, o autor está preparando uma obra semelhante, desta vez para descontruir os mitos da história da América Latina. Os esqueletos de Che Guevara, Bolívar e de muitos outros devem estar se revirando.

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Filmes Novos e uma Comédia Obscura de Scorsese

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Hoje foi um dia e tanto para ver filmes. Tenho uma fila de filmes baixados e queimados em DVD que ainda não tive tempo hábil para assistir. Mas hoje, a fila andou. Foram três produções, que destaco agora.


PREDADORES – Robert Rodriguez produziu esta volta às origens da série Predador, apagando (ou pelo menos tentando) da memória as péssimas bombas cometidas recentemente – Alien vs. Predador 1 e 2. Neste recomeço da franquia, guerreiros de elite da terra são lançados em uma floresta alienígena e passam a ser caçados por um grupo de predadores. O diretor Ninrod Antal situa seu filme em um cenário semelhante àquele do primeiro filme da série, no qual Arnold Schwarzenegger combate um dos monstros caçadores, e ao mesmo conecta o filme a uma tendência recente de filmes de ação, segundo a qual os heróis destes filmes não têm que ser uma massa de músculos para derrotar seus inimigos. Adrien Brody está muito bem como o líder dos guerreiros que, um a um, vão servindo de presa para os alienígenas. Interessante também conferir a participação de Alice Braga, cada vez mais crescendo em Hollywood (seu próximo filme por lá é The Rite, suspense com Anthony Hopkins) e mostrando muito talento. É claro que em um filme desse tipo não se espera que haja um desenvolvimento maior de personagens, conflitos psicológicos e tal. Mas o roteiro guarda algumas surpresas para o final e, como não poderia deixar de ser, um gancho para uma possível sequência. Vale a sessão.

ENCONTRO EXPLOSIVO - Depois de estrelarem Vanilla Sky, Tom Cruise e Cameron Diaz voltam a contracenar nesta boa comédia de ação do gênero de espionagem feita para agradar a homens e mulheres. Digo isso porque há uma boa dose de cenas de ação bem elaboradas, sem abrir mão do romance. E a química entre Cruise e Diaz é algo interessante de se ver. Cruise é Roy Miller, um agente do FBI que conhece June Haven (Cameron). Os dois se apaixonam - ou pelo menos é o que parece - e se envolvem em uma trama de perseguição e intrigas que, apesar de ser rasa, não deixa de prender a atenção. O mérito é todo do casal de astros, que nunca deixa o filme ficar entediante. O diretor James Mangold (Identidade, Johnny e June) entrega uma produção divertida, e possivelmente o melhor filme de Cameron Diaz em anos.

DEPOIS DE HORAS - Um filme quase desconhecido de Martin Scorsese, Depois de Horas é injustamente relegado a último plano quando se relembra a obra do cineasta. Trata-se de uma comédia que brinca com maestria com a questão do azar e das coincidências. Griffin Dunne faz o papel do cara que conhece uma loira em um bar e acha que se deu bem. O que acontece daí para a frente é uma sucessão de situações ora trágicas ora cômicas, que impedirão o protagonista de voltar para casa durante toda a noite. Ele vai causar o suicídio de uma mulher, será acusado de assalto, perderá suas chaves, seu dinheiro, e se tornará uma estátua de papel-machê (é isso mesmo!). Totalmente surreal, Depois de Horas é um verdadeiro clássico do Corujão, e completamente anos 80, com seu figurino espalhafatoso e seu clima nostálgico. Absolutamente imperdível.

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Como Treinar o Seu Dragão

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Soluço é um viking incomum. Não tem talento para nenhuma das atividades favoritas de sua tribo: caça, luta, etc. O grande problema é que ele é filho do chefe da tribo, e seu povo é constantemente atacado por hordas de dragões, o que torna a luta algo praticamente indispensável no lugar. Durante um ataque noturno dos seres alados piromaníacos, Soluço consegue acertar um dragão de uma raça que ninguém jamais viu: Fúria da Noite. Quando vai até a floresta em busca de sua presa, Soluço se depara com um animal assustado e indefeso. Com pena, não o mata, e isso muda totalmente o rumo do filme, ao mostrar que talvez essa relação de guerra entre vikings e dragões pode ser equivocada.
Como Treinar o Seu Dragão é um filme sensacional, que traz uma animação extraordinária, que ganha força exatamente nas cenas de voo e de combate aéreo, com muita ação e agilidade, dificilmente encontradas em filmes do gênero, isso lembrando inclusive de filmes live-action, como Top Gun, Flyboys e Cavaleiros do Ar.
Os personagens são bem desenvolvidos e a amizade surgida entre Soluço e Banguela (o dragão, que aparentemente não tem dentes) é emocionante e toda a transformação ocorrida gradualmente na maneira em que a cultura de caça aos dragões é alterada, torna o filme ainda mais interessante.
Em termos de animação, a Dreamworks tem seguido um caminho diferente de sua principal concorrente, a Pixar. O estúdio cada vez mais tem optado por adaptações de obras literárias, e tem feito isso com sucesso, produzindo filmes excelentes e com forte carga emocional. É bom ver que o estúdio não é refém das sequências de Shrek, e bons filmes têm surgido, como Os Sem-Floresta. Que venham mais.

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Central do Brasil (da série 1001 Filmes)

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Josué e Dora, na emblemática cena em que ela volta a ser quem sempre deveria ter sido.
Poucos filmes são tão tristes e belos como Central do Brasil. É certo que eu sou um cara bastante emotivo, mas o filme que Walter Salles dirigiu em 1998 é realmente marcante e tocante. A história do amor mais puro nascido entre Dora (Fernanda Montenegro) e Josué (Vinícius de Oliveira) traz lágrimas aos olhos dos que, como diz a Dora na fala que encerra o filme, têm saudade. Saudade de filmes que tocam o coração sem que te puxem pelo braço e te forcem a chorar. Saudade de filmes que simplesmente contem boas histórias, sem apelar para clichês estigmatizados por Hollywood. Não há um momento em Central do Brasil que fuja da proposta do filme: mostrar pessoas de verdade, sem forçar barra, sem artificialidade.
E há que se comentar a atuação de Fernanda Montenegro. Fernanda, talvez a maior atriz brasileira de todos os tempos, mostra com Dora que é no cinema seu ponto de escape para a efemeridade das novelas televisivas. Nada contra suas atuações em alguns folhetins, como em Belíssima, e outras produções globais que não me recordo no momento. Mas é mesmo no cinema (e no teatro) que Fernanda arrebata o coração do público. Em Central do Brasil sua Dora é o retrato da indiferença, frieza adquirida com as cicatrizes que a vida lhe deu. Um ser humano precisando ser resgatado. Quando ela conhece Josué (defendido com talento pelo novato Vinícius de Oliveira), vê no menino uma possibilidade de ganhar algum dinheiro, vendendo-o para adoção. Ao saber que os "intermediadores" de adoções são na verdade traficantes de menores, ela o resgata, e tendo que fugir, entra em um ônibus e parte com o garoto para o nordeste, onde ele encontrará o pai sumido. Tem início um típico road-movie, no qual os protagonistas se conhecerão e serão conhecidos. É claro que esta viagem fará uma transformação no coração de Dora. E é algo sublime.
Walter Salles não mostra com seu filme o que alguns chamam de "estética da pobreza". Não embeleza os cenários, nem faz filme "para gringo ver". Central do Brasil é uma história sincera, que mostra um Brasil que nem mesmo os brasileiros conhecem e fez pelo cinema nacional o que só Cidade de Deus faria, anos depois. Basta lembrar que foi indicado a 2 Oscar, incluindo a indicação inédita de uma atriz sul-americana ao prêmio máximo do cinema. E pensar que Fernanda Montenegro perdeu para a insossa Gwyneth Paltrow!

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Os 20 melhores filmes dos últimos 20 anos

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O site IMDB (Internet Movie Data Base), a maior e melhor fonte de informações sobre cinema do mundo, está completando 20 anos em outubro. Para celebrar, várias coisas legais foram colocadas no site, incluindo esta lista com os 20 melhores filmes destas últimas duas décadas. Aí está a lista, com comentários meus.

20. Matrix (1999), dos Irmãos Wachowski
Por que não pararam por aqui? Um filme completo, uma ficção científica revolucionária, uma visão profética de um futuro não muito longe da realidade. Interessante notar que depois deste, os Wachowski nunca mais foram os mesmos.

19. O Sexto Sentido (1999), de M. Night Shyamalan
Eu também fui pego de surpresa. E pensar que Shyamalan era tido como o "novo Spielberg", ao lidar com tanta destreza com o universo da criança sem nunca perder o lado assustador, e ainda trazendo Bruce Willis de volta do limbo. Depois deste, o diretor só seria feliz novamente em Corpo Fechado e (guardadas as devidas proporções) Sinais.

18. Os Excêntricos Tenembaums (2001), de Wes Anderson
Wes Anderson já era um diretor aplaudido por Rushmore (Três é Demais, no Brasil. Pois é.), mas foi com este filme que ele mostrou que era - e continua sendo - um dos cineastas mais originais e melancólicos que o cinema trouxe nestas últimas décadas.

17. Clube da Luta (1999), de David Fincher
Se Seven foi um filme arrebatador, com Clube da Luta David Fincher não poupa o espectador em nenhum momento. De longe o melhor papel de Brad Pitt, Tyler Durden é um dos vilões  - isso não quer dizer que haja algum mocinho no filme - mais marcantes da história.

16. A Origem (2010), de Christopher Nolan
Sem dúvida o melhor filme de ficção científica e ação desde Matrix. Interessante e original, sem deixar de ser divertido desde o primeiro frame. Leonardo Di Caprio em um papel majestoso, efeitos especiais acachapantes, roteiro perfeito.

15. Os Bons Companheiros (1990), de Martin Scorsese
Um clássico instantâneo, a obra de Scorsese é inesquecível. Envolvente, violenta e que nunca dá soluções fáceis. E pensar que perdeu o Oscar de melhor filme para Dança com Lobos...

14. Um Outra História Americana (1998), de Tony Kaye
O filme que fez muita gente virar fã de Edward Norton. Contundente e relevante.

13. Ligeiramente Grávidos (2007), de Judd Apatow
Apatow e sua turma mais uma vez entregam uma comédia espetacular, que consegue fazer rir sem abrir mão da emoção. A cena do parto é sem dúvida uma das mais sensacionais já filmadas.

12. O Grande Lebowski (1996), de Joel & Ethan Coen
Se Jeff Bridges não for lembrado por nenhum outro filme de sua carreira, ainda assim quem assistiu a O Grande Lebowski nunca se esquecerá. Engraçado como nenhum outro filme dos irmãos Coen. Uma das melhores e mais inteligentes comédias que consigo me lembrar.

11. Corra, Lola, Corra (1998), de Tom Tykwer
Nunca uma mulher de cabelo bem vermelho, correndo pelas ruas em três maneiras de contar uma mesma história foi tão legal e empolgante.

10. Distrito 9 (2009), de Neill Blomkamp
A mistura de ficção científica com crítica social rendeu um sucesso estrondoso, de público e crítica. A ideia de refugiados alieníginas confinados a uma favela sul-africana é simplesmente brilhante.

9. Filhos da Esperança (2006), de Alfonso Cuáron
Poucos filmes do gênero "futuro apocalíptico" são tão interessantes quanto este, desde a ideia inicial até a execução. De todas as produções do tipo, este é meu favorito.

8.Gladiador (2000), de Ridley Scott
A renovação dos filmes épicos só foi possível graças a Gladiador, uma das raras produções que pode se orgulhar de ter simplesmente todos a seu lado. Neste caso, a unanimidade não tem nada de burra.

7. Los Angeles: Cidade Proibida (1997), de Curtis Hanson
Com tantas atuações tão brilhantes e um roteiro tão denso, Los Angeles não sai da cabeça da gente, mesmo horas (ou até anos) depois da projeção. O noir mais colorido  - e ao mesmo tempo mais acinzentado - de que se tem notícia.

6. O Cavaleiro das Trevas (2008), de Christopher Nolan
Este tem dono: Heath Ledger, com seu Coringa distópico, anárquico e mal até a medula, enterrando a versão cartunesca de Jack Nicholson no filme de Tim Burton. Ledger é a alma do filme.

5. Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994), de Quentin Tarantino
Assassinos que citam a Bíblia? Confere. Cenas antológicas? Confere. Diálogos geniais? Estão lá. No fim, o saldo de Pulp Fiction é mais que positivo. É a receita de um clássico.

4. O Show de Truman (1998), de Peter Weir
Profético e majestoso. Assim se define a fábula visionária de Peter Weir, com a melhor performance de Jim Carrey. Se você ainda não viu, corra para a locadora!

3. O Senhor dos Anéis (2001-2003), de Peter Jackson
Impossível separar apenas um dos filmes para colocar aqui. Chega a ser lugar comum falar da importância da maior série de fantasia de todos os tempos.

2. Os Imperdoáveis (1992), de Clint Eastwood
Eastwood realizou o último grande western de que se tem notícia e se firmou como um dos grandes cineastas que já apareceu no cinema. Uma lenda viva.

"Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro."
1. A Lista de Schindler (1994), de Steven Spielberg
A imagem de uma menininha de vestido vermelho - em meio a um mar em preto e branco - correndo para fugir do massacre iminente, é das coisas mais tristes e ternas que o cinema já presenciou. Mas o filme é mais que apenas uma cena. Lembrar de Schindler (Liam Neesom) e Itzhak (Ben Kingsley) elaborando a lista que libertaria mais de mil judeus é uma experiência simplesmente arrebatadora. Spielberg nunca mais foi o mesmo depois de Schindler. O mundo do cinema também não.

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Estou Aqui - Um Curta de Spike Jonze

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Spike Jonze tem gradualmente se firmado como um dos cineastas mais criativos de sua geração. É dele a direção de Quero Ser John Malkovich e Onde Vivem os Monstros, filmes que lidam com universos surreais, mas que dizem algo sobre nosso próprio universo.
Em Estou Aqui (I'm Here, EUA, 2010), um curta patrocinado pela marca de vodka Absolut, Jonze não abre mão de sua característica e conta uma bela história de amor. E já que estamos falando de um mundo fora do comum, esta história é entre dois robôs.
Sheldon (Andrew Garfield, o novo Homem-Aranha nos cinemas) é um robô bibliotecário que vive sua vida sem nenhuma novidade. Sua rotina é ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa. A decoração de seu apartamento reflete bem sua existência: vazia, sem cores nem nada que a torne mais interessante. Tímido e retraído, ele conhece Francesca (Sienna Guillory), uma robô com aparência (e personalidade) feminina cujo senso de liberdade logo o contagia. Eles iniciam uma amizade que logo se transformará em amor. Um amor que será capaz de abrir mão de tudo para ver o outro feliz.
Interessante notar que em Estou Aqui nenhuma cena é despropositada, cada imagem reflete um retrato de uma sociedade igualmente vazia. Quando estão em cena, os humanos raramente têm voz, e quando têm, a usam para criticar os robôs, embora aparentemente a convivência entre robôs e humanos seja pacífica. Pode-se argumentar o contrário, quando Francesca chega na casa de Sheldon sem uma perna. Não são dadas explicações sobre o que houve, então a pergunta fica no ar.
Estou Aqui é um filme belíssimo, com uma trilha sonora doce e cheia de poesia, efeitos especiais muito criativos e uma fotografia que privilegia a clareza do sol em momentos românticos e a cor acinzentada da penumbra do vazio.
Um filme para ver e rever, uma produção que permanecerá na memória por um bom tempo.

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