O diretor Ridley Scott tem sido frequentemente ligado a filmes épicos, tendo-os revivido com Gladiador, pelo qual Russel Crowe tornou-se um astro e levou o Oscar para casa. Depois de Cruzada, com um insosso Orlando Bloom, Scott aprofundou a parceria com Crowe, que gerou o drama romântico Um Bom Ano e o tenso e denso O Gângster. Mas em Robin Hood Ridley Scott mostra que é capaz de fazer um épico majestoso e de encher os olhos, exatamente como fez quando contou a história do general Maximus.
Ao escolher contar a origem de um dos personagens mais retratados no cinema em todos os tempos - como no clássico As Aventuras de Robin Hood, com Errol Flynn, e Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões, com Kevin Costner - Scott aborda uma visão menos fantasiosa e mais realista e interessante da lenda saxônica. O Robin interpretado por Ridley Scott (que também é produtor da película) é um arqueiro leal a seu rei, mas que não teme por falar a verdade, ainda que isto lhe custe a vida. Quando o Rei Ricardo Coração de Leão é morto em batalha retornando das cruzadas, a Inglaterra passa a ser governada por seu irmão, João, cuja política de coletagem de impostos é violenta e desperta a ira dos barões e da população que vive no interior do país. População esta que está empobrecida por causa dos altos impostos cobrados pelo falecido rei para financiar sua conquista da Terra Santa.
É neste contexto político que Robin se envolve em uma história que revelará muito sobre seu passado, e o aproximará de Lady Marion (Cate Blanchett, sempre roubando a cena), viúva de um companheiro de batalha de Robin, em cuja casa ele se abriga retornando da guerra.
Em uma trama de traições, batalhas épicas e uma paixão arrebatadora, Robin Hood pode decepcionar os fãs do personagem acostumados com aquela famosa imagem do ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres, abordagem não utilizada por Scott, já que trata-se de uma história de origem, que mostrará como Robin Longstride tornou-se o fora da lei conhecido como Robin Hood. Mas o filme merece toda a atenção , exatamente por fugir do lugar-comum esperado por todos.
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