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As 33 Maiores Trilogias do Cinema

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E a revista inglesa Empire lança mais uma de suas listas. Nesta nova empreitada, no entanto, a revista contou com a votação dos visitantes do site e fez uma seleção criativa e interessante. Importante: algumas trilogias relacionadas ganharam quartas partes. Foram contabilizadas pelo fato de que suas partes número 4 foram tentativas pífias (em sua maioria) dos produtores de capitalizarem em cima dos filmes originais. A única e honrosa exceção foi a segunda trilogia de Star Wars. Confira e comente.
33. A Trilogia de "Jersey"
Filmes: O Balconista, Barrados no Shopping e Procura-se Amy
Diretor: Kevin Smith
Filme mais fraco: Barrados no Shopping

32. Hannibal Lecter
Filmes: O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Dragão Vermelho
Diretores: Jonathan Demme, Ridley Scott, Brett Ratner
Filme mais fraco: Hannibal

31. Trilogia de Bergman
Filmes: Através de um Espelho, Luz de Inverno e O Silêncio
Diretor: Ingmar Bergman
Filme mais fraco: Através de um Espelho

30. Missão Impossível
Filmes: as partes 1, 2 e 3.
Diretores: Brian de Palma, John Woo e J. J. Abrams.
Filme mais fraco: a parte 2, com reviravoltas ridículas e mentiras exageradas demais!

29. Trilogia dos Mortos
Filmes: A Noite dos Mortos Vivos, Madrugada dos Mortos, O Dia dos Mortos
Diretor: George A. Romero
Filme mais fraco: fica difícil dizer, já que os três são maravilhosos, mas eu diria O Dia, por ter sido o que mais sofreu com imitações sofríveis.

28. Trilogia Mariachi
Filmes: El Mariachi, A Balada do Pistoleiro, Era Uma Vez No México
Diretor: Robert Rodriguez
Filme mais fraco: Era Uma Vez No México

27. Trilogia Millenium
Filmes: Os Homens que Não Amavam as Mulheres, A Menina que Brincava com Fogo, A Rainha do Castelo de Ar
Diretores: Niels Arden Oplev, Daniel Alfredson, Daniel Alfredson
Filme mais fraco: A Menina que Brincava com Fogo

26. Trilogia Blade
Filmes: Blade - O Caçador de Vampiros, Blade 2, Blade Trinity
Diretores: Stephen Norrington, Guillermo Del Toro, David Goyer
Filme mais fraco: Blade Trinity

25. Trilogia dos Ducks (lembre-se de que foi uma votação!)
Filmes: Nós Somos os Campeões 1, 2, 3
Diretores: Stephen Herek, Sam Weisman, Robert Lieberman
Filme mais fraco: tá brincando? É difícil, mas vamos dizer a terceira parte desta infame trilogia.

24. Trilogia Austin Powers
Filmes: Austin Powers - 000, Um Agente Nada Discreto, Austin Powers - O Agente 'Bond' Cama, Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro
Diretor: Jay Roach
Filme mais fraco: O Homem do Membro de Ouro

23. Trilogia Mad Max
Filmes: Mad Max, Mad Max 2, Mad Max - Além da Cúpula do Trovão
Diretores: George Miller, George Miller, George Miller & George Ogilvie
Filme mais fraco: Além da Cúpula do Trovão

22. Trilogia Conflitos Internos
Filmes: as partes 1, 2 e 3
Diretores: Lau Wai-keung & Alan Mak
Filme mais fraco: toda a trilogia é excelente, mas talvez seja o terceiro.

21. O Exterminador do Futuro
Filmes: O Exterminador do Futuro, Parte 2 - O Julgamento Final, Parte 3 - A Rebelião das Máquinas
Diretores: James Cameron, Jonathan Mostow
Filme mais fraco: a parte 3. Não tem Linda Hamilton, nem a direção de James Cameron

20. X-Men
Filmes: as partes 1, 2 e 3 - sendo a última parte chamada de O Confronto Final
Diretores: Bryan Singer, Brett Ratner
Filme mais fraco: sem sombra de dúvida, o terceiro filme. Personagens demais para roteiro de menos.
19. Corra que a Polícia Vem Aí
Filmes: as partes 1, 2 1/2 e 33 1/3
Diretores: David Zucker, Peter Segal
Filme mais fraco: a parte 33 1/3

18. Trilogia da Vingança
Filmes: Mr. Vingança, Oldboy, Lady Vingança
Diretor: Park Chan-Wook
Filme mais fraco: Lady Vingança

17. Pânico
Filmes: as partes 1, 2 e 3
Diretor: Wes Craven
Filme mais fraco: a parte 3

16. Trilogia Homem-Aranha
Filmes: as partes 1, 2 e 3
Diretor: Sam Raimi
Filme mais fraco: definitivamente, a parte 3. Alguém discorda?

15. As prequels de Star Wars
Filmes: A Ameaça Fantasma, O Ataque dos Clones, A Vingança dos Sith
Diretor: George Lucas
Filme mais fraco: disputa difícil entre A Ameaça Fantasma e O Ataque dos Clones

14. Duro de Matar
Filmes: as partes 1, 2 e 3 - A Vingança
Diretores: John McTiernan, Renny Harlin (parte 2)
Filme mais fraco: a parte 2

13. Piratas do Caribe

Filmes: A Maldição do Pérola Negra, O Baú da Morte, No Fim do Mundo
Diretor: Gore Verbinski
Filme mais fraco: No Fim do Mundo, afinal ninguém merece ver um filme de quase três horas com apenas duas cenas de ação.

12. Trilogia Alien
Filmes: Alien - O Oitavo Passageiro, Aliens - O Resgate, Alien 3
Diretores: Ridley Scott, James Cameron, David Fincher
Filme mais fraco: Alien 3, sem pestanejar. Idas e vindas de diretores e o que recebeu os créditos caiu fora quando não o deixaram editar o filme.

11. Trilogia das Cores
Filmes: A Liberdade é Azul, A Igualdade é Branca, A Fraternidade é Vermelha
Diretor: Krzysztof Kieslowski
Filme mais fraco: A Igualdade é Branca, mas só porque a gente tem que apontar um mais fraco.

10. Trilogia The Evil Dead (Uma Noite Alucinante)
Filmes: as partes 1, 2 e 3
Diretor: Sam Raimi
Filme mais fraco: a parte 3.

9. Trilogia Matrix
Filmes: Matrix, Matrix Reloaded, Matrix Revolutions
Diretores: Irmãos Wachowski
Filme mais fraco: Reloaded. Rave em Zion?

8. Trilogia dos Dólares

Filmes: Por Um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais, Três Homens em Conflito
Diretor: Sergio Leone
Filme mais fraco: Por Uns Dólares a Mais, que ainda é excelente.

7. Indiana Jones
Filmes: Os Caçadores da Arca Perdida, O Templo da Perdição, A Última Cruzada
Diretor: Steven Spielberg
Filme mais fraco: essa é difícil (de novo). Mas fico com O Templo da Perdição.

6. A Trilogia Bourne 
Filmes: A Identidade Bourne, A Supremacia Bourne, O Ultimato Bourne
Diretor: Doug Liman, Paul Greengrass (os dois últimos)
Filme mais fraco: comparando com os filmes de Paul Greengrass, A Identidade perde em ritmo.

5. O Poderoso Chefão 
Filmes: As partes 1, 2 e 3
Diretor: Francis Ford Coppola
Filme mais fraco: sem hesitação: a parte 3. Motivo? Sofia Coppola, filha do diretor, estreando como atriz. Ainda bem que ela virou cineasta (e das boas).

4. Toy Story 
Filmes: As partes 1, 2 e 3.
Diretores: John Lasseter, Lee Unkrich (o último)
Filme mais fraco: desculpe, mas nessa eu passo. Filme da Pixar? Não tem ruim. Nem fraco.

3. Trilogia De Volta Para o Futuro
Filmes: As partes 1, 2 e 3.
Diretor: Robert Zemeckis
Filme mais fraco: outra tarefa complicada. Mas a que eu menos gosto é a parte 3.

2. Trilogia Star Wars original
Filmes: Guerra nas Estrelas, O Império Contra-Ataca, O Retorno de Jedi
Diretor: George Lucas, Irvin Kershner, Richard Marquand
Filme mais fraco: alguns dizem que é O Retorno de Jedi, mas honestamente, eu adoro os três.

O Senhor dos Anéis, a primeira colocada. Alguma novidade?
1. O Senhor dos Anéis
Filmes: A Sociedade do Anel, As Duas Torres, O Retorno do Rei.
Diretor: Peter Jackson
Filme mais fraco: sério que você não sabia que trilogia seria a vencedora? Não tem como não concordar com a lista neste ponto. Cenário maravilhoso, atuações magistrais, efeitos especiais que não perdem seu brilho, desenvolvimento de personagens sensacional, um roteiro que não deixa nenhuma ponta solta. Sem falar na montanha de Oscars. Filme mais fraco? Tá brincando?


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Filmes para uma tarde preguiçosa

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Alguns filmes são assim: a gente sabe o final, mas ainda assim se propõe a assistir, como um prazer passageiro, a ser aproveitado em um momento de preguiça. Filmes que não exigem demais da cabeça, já sobrecarregada com os problemas do dia a dia. Aqui estão alguns deles:
Casa Comigo? - Comédia romântica com Amy Adams (Julie e Julia) e Matthew Goode (o Ozymandias, de Watchmen), o filme do diretor Anand Tucker (Garota da Vitrine) abraça quase todos os clichês do gênero: os dois protagonistas começam se odiando, mas todo mundo já sabe que no final estarão apaixonados; a mocinha começa o filme namorando um cara que não tem nada a ver com ela, e que claramente não a ama; o cenário europeu (o filme se passa na Irlanda) é um convite ao romance; como um road movie, a película até que funciona - claro, respeitando também os clichês dos road movies. A história: Anna Brady é uma decoradora de interiores, romântica, que sonha em se casar com seu namorado, mas ele nunca faz o pedido. Por ser de origem irlandesa, ela descobre uma tradição em seu país que permite que as mulheres proponham casamento aos homens no dia 29 de fevereiro (ano bissexto, o nome original do filme - Leap Year). Aproveitando que o namorado estará na Irlanda a negócios justamente neste dia, ela viaja até lá só para propor casamento. Claro que as coisas não darão certo, e ela conhecerá um irlandês machão (mas sensível) que fará com que ela repense seus planos.
Tá bem, o final é previsível, mas Amy Adams é uma gracinha, e tem timing para comédias do gênero. A Sessão da Tarde agradece.
Dupla Implacável - Tudo bem, o filme é do mesmo diretor de Busca Implacável, sucesso surpresa de 2008 com Liam Neeson destruindo Paris em busca da filha, mas precisavam os executivos brasileiros batizarem o filme seguinte do diretor como se fosse uma sequência? Reclamações à parte, Dupla Implacável é um thriller até razoável, embora seja confuso, sobre um aspirante a agente da CIA (Jonathan Rhys-Meyers) que conhece um agente experiente (John Travolta, com uma careca maneira) e ingressa numa caçada a terroristas pelas ruas de Paris. A escolha da cidade é óbvia quando sabemos que a produção ficou por conta do francês Luc Besson. Filme rápido, totalmente descartável, mas que rende alguns minutos de diversão descompromissada. Previsão: esse será reprisado à exaustão no Domingo Maior.

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Manifesto em Defesa da Democracia

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Dando uma pausa nos assuntos cinematográficos, vamos falar de política.
Diante da situação lamentável que se encontra o governo do país, cidadãos indignados criaram o Manifesto em Defesa da Democracia, uma carta aberta que condena as atitudes que o presidente e seus comandados têm tomado em relação à imprensa, aos adversários políticos, desrespeitando a ética e desvirtuando todos os princípios que regem um Estado democrático. Em algumas horas, o manifesto arrecadou mais de 4.600 assinaturas. Se você é um cidadão responsável e ético, leia o documento e assine logo depois, clicando no link. Segue abaixo:

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA
 
Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil,  inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável  que militantes  partidários  tenham convertido  órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em  valorizar a honestidade.
É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para  ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.

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Apenas o Fim

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Vencedor do prêmio do público no Festival do Rio 2009, Apenas o Fim é um filme pequeno (em tamanho e orçamento) que fala do fim de um relacionamento de maneira leve e poética, sem jamais deslanchar para a pieguice tão comum nos filmes românticos. Erika Mader e Gregório Duvivier vivem um casal estranho que ,em sua última conversa como namorados, falam sobre os mais variados assuntos imaginados, desde Os Cavaleiros do Zodíaco a crenças populares. Tido pelos críticos como o retrato de uma geração, o filme de Matheus Souza, que também produz e escreve o roteiro, é na verdade o trabalho de conclusão de curso do cineasta na PUC-RJ. E logo no primeiro longa-metragem, Matheus demonstra muito talento e maturidade, com um roteiro enxuto e envolvente, defendido com muita naturalidade por seu casal protagonista.
Com influências claras de Nick Hornby (Alta Fidelidade), Kevin Smith (O Balconista) e Cameron Crowe (Quase Famosos), Matheus conta uma história que é de fácil identificação pela geração que viveu os anos 90 e foi influenciada pela cultura pop.
Não dá para não se achar parte da história quando o casal discute quem seria o melhor Power Ranger - o Tommy, porque sempre ficava com a Ranger Rosa - ou se Transformers é ou não o melhor filme de todos os tempos.
Apenas o Fim é também romântico, ao retratar a incerteza da vida diante de uma mudança tão brusca, trazida pelo fim de um relacionamento. É metafísico, ao colocar em cena a filmagem de um longa exatamente igual o que estamos assistindo. É pop e jovem, e até engraçado em certos pontos. Não é apelativo em nenhum momento, e  não deixa de ser marcante para quem o assiste.
Faço minhas as palavras de Marcos Vinícius de Medeiros, em sua crítica do publicada no Omelete: "Matheus Souza falou por toda uma geração. E que este não seja, como sugere o título, Apenas o Fim, mas sim o começo."

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Robin Hood

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O diretor Ridley Scott tem sido frequentemente ligado a filmes épicos, tendo-os revivido com Gladiador, pelo qual Russel Crowe tornou-se um astro e levou o Oscar para casa. Depois de Cruzada, com um insosso Orlando Bloom, Scott aprofundou a parceria com Crowe, que gerou o drama romântico Um Bom Ano e o tenso e denso O Gângster. Mas em Robin Hood Ridley Scott mostra que é capaz de fazer um épico majestoso e de encher os olhos, exatamente como fez quando contou a história do general Maximus.
Ao escolher contar a origem de um dos personagens mais retratados no cinema em todos os tempos - como no clássico As Aventuras de Robin Hood, com Errol Flynn, e Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões, com Kevin Costner - Scott aborda uma visão menos fantasiosa e mais realista e interessante da lenda saxônica. O Robin interpretado por Ridley Scott (que também é produtor da película) é um arqueiro leal a seu rei, mas que não teme por falar a verdade, ainda que isto lhe custe a vida. Quando o Rei Ricardo Coração de Leão é morto em batalha retornando das cruzadas, a Inglaterra passa a ser governada por seu irmão, João, cuja política de coletagem de impostos é violenta e desperta a ira dos barões e da população que vive no interior do país. População esta que está empobrecida por causa dos altos impostos cobrados pelo falecido rei para financiar sua conquista da Terra Santa.
É neste contexto político que Robin se envolve em uma história que revelará muito sobre seu passado, e o aproximará de Lady Marion (Cate Blanchett, sempre roubando a cena), viúva de um companheiro de batalha de Robin, em cuja casa ele se abriga retornando da guerra.
Em uma trama de traições, batalhas épicas e uma paixão arrebatadora, Robin Hood pode decepcionar os fãs do personagem acostumados com aquela famosa imagem do ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres, abordagem não utilizada por Scott, já que trata-se de uma história de origem, que mostrará como Robin Longstride tornou-se o fora da lei conhecido como Robin Hood. Mas o filme merece toda a atenção , exatamente por fugir do lugar-comum esperado por todos.

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Centurião

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Épicos não são novidade há uns 80 anos. É por isso que quando ouço falar sobre um novo filme deste gênero, fico muito cético. Depois que Ridley Scott modernizou os filmes épicos com Gladiador, estabeleceu um novo padrão a ser seguido pelos sucessores. Mas tal padrão acabou gerando produtos sem alma, sem originalidade; meras cópias, típicos "mais do mesmo", com algumas honrosas exceções (que geraram novas releituras), como a magnífica trilogia O Senhor dos Anéis.
Centurião não foge à regra. A fotografia usa e abusa das tomadas aéreas seguindo o grupo de guerreiros em topos de montanhas nevadas (alguém aí disse O Senhor dos Anéis?), as cenas de batalha são sangrentas, cheias de membros decepados e muito sangue jorrando (que tal Coração Valente?), e o espectador aguarda ansioso pela grandiosa luta final do herói contra o vilão - no caso de Centurião, a vilã. Todos os ingredientes-clichê do gênero capa e espada (mais lanças, flechas e machados) estão presentes no filme de Neil Marshall (Abismo do Medo).
Entretanto, isso não ofusca o brilho da atuação de Michael Fassbender como o centurião romano Quintus Dias, que vê sua legião ser quase extinta por uma tribo de pictos, onde hoje é a Escócia. Seu general é capturado, e ele reúne alguns poucos sobreviventes para resgatá-lo. Mas isso é apenas uma desculpa para o diretor mostrar cenas de perseguição de tirar o fôlego, intrigas internas e sequências de luta realizadas com muita propriedade. Ainda sobra espaço até para um romance.
Se Centurião não é a cereja do bolo dos filmes épicos, não deixa a desejar, e seria um clássico, tivesse sido produzido antes de Gladiador, O Senhor dos Anéis, Coração Valente...

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Homem de Ferro 2

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Depois de muita expectativa, finalmente assisti um dos filmes mais aguardados para os fãs de quadrinhos. E Homem de Ferro 2 cumpriu seu papel com louvor. A continuação das aventuras de Tony Stark é tudo o que o fã do personagem esperava e muito mais. Tem ação, humor, tensão romântica e a boa e velha ironia que Stark tem nos quadrinhos (especialmente como ele é retratado em sua versão Ultimate), maximizada pela atuação divertidíssima de Robert Downey Jr.
Diferente de Batman - O Cavaleiro das Trevas, o filme de Jon Favreau não permite que o vilão roube a cena do protagonista, embora Mickey Rourke como Whiplash (ou Chicote Negro, nas traduções brasileiras) mostre a qualidade que tem como ator. Na verdade, todo o elenco está entrosado e muito à vontade no filme, o que dá esperança para os próximos filmes do Universo Marvel - em 2011 teremos Thor e Capitão América, e em 2012, o maior filme de heróis da história: Os Vingadores - todos os atores têm contrato para aparições nos filmes de 2011 e para papéis importantes no filme do grupo de super-heróis.
Neste segundo filme, Tony Stark tem que lidar com as pressões do governo para entregar a tecnologia do Homem de Ferro e o surgimento do vilão Whiplash, codinome do russo Ivan Vanko, cujo pai colaborou com Howard Stark (pai de Tony) no desenvolvimento do reator Arc, o mesmo que mantém Tony vivo (mas que ao mesmo tempo o está matando aos poucos). Além disso, há o surgimento da Viúva Negra (Scarlet Johansson) e a participação bem maior e fundamental de Nick Fury (Samuel L. Jackson, no papel escrito especialmente para ele), sem falar do tão esperado Máquina de Combate, a armadura que é um verdadeiro arsenal, vestida por James Rhodes (Don Cheadle, substituindo Terrence Howard).
Homem de Ferro 2 é espetáculo de encher os olhos, com um roteiro esperto e uma cena pós-créditos (não desligue o DVD player!) que serve como aperitivo para Thor, o próximo filme da Marvel. O universo de personagens da editora está cada vez maior no cinema, alimentando os nerds que acompanham as revistas e atraindo cada vez mais novos fãs. Que venham mais aventuras!

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A Epidemia

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Refilmagem de O Exército do Extermínio, filme que George A. Romero dirigiu em 1973, A Epidemia (The Crazies, EUA, 2010), do diretor Breck Eisner, é uma das poucas refilmagens à altura do original. Trata-se de um filme de terror intrigante e ágil, mas que nunca se rende à edição acelerada e nauseante que acomete nove entre produções do gênero.
A Epidemia conta a história de uma cidade onde seus cidadãos são tomados por uma onda de fúria violenta, fazendo deles uma espécie de zumbis, mas um pouco diferentes, já que os infectados neste filme conseguem raciocinar, ao menos o fazem para alcançarem seu objetivo de matar a qualquer um pela frente.
O xerife da cidade, David (o ótimo Timothy Olyphant, de A Trilha) e sua esposa Judy(vivida por Radha Mitchel, de Terror em Silent Hill), acompanhados do assistente Russel (Joe Anderson), se vêem na terrível situação e precisam sobreviver, já que seus inimigos não são apenas os infectados, mas o exército, que inicia um procedimento de contenção na cidade, com o intuito de exterminar todos os habitantes.
As cenas de caminhada pelos vastos campos das fazendas locais rendem momentos de tensão. O diretor faz com que o espectador sinta uma espécie de claustrofobia ao contrário, fazendo das cenas ao ar livre um tipo de prévia do horror que os personagens enfrentarão na cena seguinte. Alguns momentos são especialmente assustadores, como a cena no lava-rápido e a angustiante cena em que Judy se esconde de um dos infectados, sedento de sangue.
Sem dar soluções fáceis, Breck Eisner (que dirigiu a bomba Sahara, quem diria) mostra-se muito à vontade com a trama, entregando um final que é na verdade o começo de uma nova história. Se veremos uma continuação ninguém sabe. O filme de baixo orçamento rendeu o bastante para esperarmos uma, mas não há nada confirmado. E quer saber de uma coisa? É melhor assim.

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Diário de um Banana

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Baseado no romance em quadrinhos de Jeff Kinney, Diário de um Banana estreou nos EUA fazendo um grande sucesso, rendendo 60 milhões de dólares, tendo custado 15. O sucesso já levou os produtores a encomendarem a sequência, a ser chamada Diary of a Wimpy Kid 2: Rodrick Rules (tradução do subtítulo: Rodrick é o Cara). Tanto sucesso e ainda assm a Fox do Brasil ainda não se mexeu para lançar o filme nos cinemas por aqui.
Atitude no mínimo tola, já que o livro é um sucesso de vendas no Brasil, e o filme tem qualidade, algo não fácil de ser visto se levarmos em conta todos os filmes feitos para crianças que são lançados. Diário de um Banana traz a dura vida de Greg Heffley (Zachary Gordon), um garoto que tem que enfrentar o maior desafio de sua vida até agora: a nova vida que se inicia a partir da 5ª série. Como todo mundo sabe, a escola é quase uma religião nos EUA. Não tanto a escola, mas todo aquele mundo que a cerca: os valentões, os tímidos, a garota descolada e as histórias assustadoras que vez ou outra aparecem. Com uma ironia leve e interessante, e misturando pequenos trechos de animação com os atores reais, o filme de Thor Freudenthal não é ofensivo à inteligência dos pequenos espectadores, ao mesmo tempo em que pode (e consegue) agradar os mais velhos.
É aquele tipo de filme despretensioso, que conquista a gente sem que se perceba.
Destaque para a atuação de Robert Capron como o melhor amigo de Greg, Rowley Jefferson. Sua espontaneidade é perceptível, algo de encher os olhos.
Pena que o público brasileiro tenha que esperar tanto para assistir.
[Atualização] O site IMDB dá como certa a estreia do filme em 24 de dezembro deste ano.

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[Rec] Possuídos

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Se há uma regra que o mercado do cinema segue à risca é a de que se um filme faz sucesso, a continuação é obrigatória. Não importa se a história se encerrou por ali, nem se o roteiro será feito às pressas, nem mesmo se o elenco principal não voltará para a sequência. Vale tudo para lucrar algumas doletas a mais. Essa regra não vale apenas em Hollywood. Ela existe no Brasil (Se Eu Fosse Você 2), na França (a série Táxi) e até na Espanha. Prova disso é o lançamento de [Rec] Possuídos, continuação do sucesso de 2007, novamente dirigido por Jaume Balagueró e Paco Plaza.
Na nova produção, a história tem início no ponto exato em que o primeiro filme se encerrou. Desta vez, agentes de uma espécie de SWAT espanhola acompanhados de um oficial médico entram no prédio e se deparam com os zumbis sanguinários que já conhecemos de antes. A ação agora é captada não por uma, mas por duas câmeras, esta última pertencente a um outro grupo que entra no prédio, formado por jovens curiosos (você sabe, aqueles personagens que só estão ali para que vejamos vísceras esparramadas temperadas com sangue por toda a parte).
Os diretores e roteiristas agora tentam ampliar a mitologia da série, explicando nos mínimos detalhes tudo (ou quase tudo) o que está acontecendo no prédio.
Se o primeiro filme tinha todo aquele ar de mistério e suspense sufocante que permeia os grandes filmes de terror, [Rec] Possuídos perde bastante isso, ao abrir mão dos sustos em prol de uma história mais bem explicada.
Mas ainda assim, o filme é um bom exemplo de que Hollywood não detém há algum tempo a hegemonia comercial e criativa do ramo do cinema. Há muitos bons diretores e roteiristas espalhados pelo mundo, cheios de boas ideias, ou boas homenagens, como é o caso deste [Rec] Possuídos.

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