Alguns meses atrás comprei Whiteout - Morte no Gelo, a HQ escrita por Greg Rucka e desenhada por Steve Lieber. A história envolvia o primeiro homicídio acontecido na Antártida e a investigação da agente federal americana Carrie Stetko, uma mulher gordinha, com sardas no rosto e nada atraente aos olhos masculinos. A protagonista me cativou por sua força e determinação em resolver o crime antes que sua estação de pesquisa seja esvaziada com a chegada do inverno, em sete dias. Gostei muito do livro, e fiquei ansioso para assistir à adaptação que Hollywood estava preparando. Mesmo envolvendo um diretor medíocre (Dominic Sena, daquela bomba 60 Segundos), achei que com um ótimo roteiro pronto (no caso, o do gibi) não haveria como errar.
Ledo engano. Terror na Antártida (Whiteout, EUA, 2009) é apenas um filme mediano, passado em um cenário bastante propício para histórias de suspense. O produtor Joel Silver (Matrix), talvez pensando em alcançar um público maior, decidiu escalar a conhecida atriz Kate Beckinsale (Anjos da Noite, Click) para o papel de Carrie Stetko. Resumindo, sai a mulher gordinha e nada atraente e entra uma bela mulher, pronta para arrancar suspiros do público masculino. Com essa troca, fica meio difícil acreditar que uma mulher como essa escolheria um campo de pesquisa na Antártida como posto de trabalho. Embora o roteiro do filme tenha sido bem sucedido em dar uma razão melhor que a HQ para os assassinatos que acontecem no decorrer da história, falta confiança do diretor no público, quando algumas falas demonstram o óbvio. Em certo momento, alguém pega em diamantes e outra pessoa diz: "São diamantes." Sério? Ninguém havia percebido!
O maior erro dos roteiristas, a propósito, foi a criação de um interesse romântico para Carrie, o que não existia na HQ. No texto original, quem ajuda Carrie na investigação é uma misteriosa agente britânica, o que gera um embate entre duas mulheres que ajuda muito na trama. Mas estamos falando de Hollywood, afinal. Todo protagonista deve ter um par. Que droga.
O maior erro dos roteiristas, a propósito, foi a criação de um interesse romântico para Carrie, o que não existia na HQ. No texto original, quem ajuda Carrie na investigação é uma misteriosa agente britânica, o que gera um embate entre duas mulheres que ajuda muito na trama. Mas estamos falando de Hollywood, afinal. Todo protagonista deve ter um par. Que droga.
Tirando alguns detalhes, Terror na Antártida é um suspense para se ver na tela pequena, sem nenhuma expectativa. O filme só irá decepcionar muito os que leram o gibi, coisa que com certeza poucos fizeram.
perdi a vontade de assistir ao filme... vlw!