Fazer um filme sobre o holocausto impetrado pelos nazistas depois de centenas de filmes sobre o assunto parece algo como chover no molhado. A impressão que se tem depois de assistir a A Lista de Schindler (Steven Spielberg, 1994), por exemplo, é que não há mais nada para se mostrar sobre o genocídio de 6 milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Mas eis que alguém resolve fazer um filme sobre a amizade sincera entre um menino alemão filho do comandante de um campo de concentração e um menino judeu, prisioneiro desse campo. Tivesse um protagonista mais talentoso, estaríamos diante de uma pequena pérola do cinema.
Mas O Menino do Pijama Listrado ainda não chega a esse patamar. O filme é bom, traz uma emoção verdadeira e nos faz refletir sobre a inutilidade da guerra. Ao optar por um final incomum em filmes comerciais, o diretor Mark Herman mostra alguma coragem, o que nos deixa esperançosos quanto a futuros filmes.
Concluindo, algumas pessoas certamente vão chorar com este filme, outros vão odiar o fim, mas isso tudo é parte da magia do cinema, algo que me faz a cada dia mais fascinado e encantado com as possibilidades que esta arte traz.