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Os Indomáveis

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Russel Crowe é um tremendo ator. Christian Bale é um profissional que traz respeito a cada filme de que participa. James Mangold é um dos diretores mais versáteis de Hollywood. A reunião dos três para fazer um western renderia no mínimo um quê de curiosidade da parte dos cinéfilos de plantão. Mas rendeu muito mais do que isso. Os Indomáveis (3:10 to Yuma) é um filmaço com todos as letras! Trata-se da refilmagem de um clássico com Glenn Ford, lançado em 1957 por aqui com o título de Galante e Sanguinário.
Crowe é Ben Wade, o líder de uma gangue de assaltantes a assassinos, que ataca uma diligência da mesma empresa pela 20ª vez. Elegante e de boa lábia, Wade só mostra sua crueldade quando realmente precisa. Quando é preso pelos crimes, precisa ser escoltado a salvo até a cidade de Contention, onde deve pegar o trem das 3:10 para Yuma (daí o título original). Já Christian Bale é Daniel Evans, fazendeiro pobre abarrotado de dívidas, que aceita se juntar ao grupo que escoltará o perigoso bandido. É apenas o começo de uma história cheia de ação que dá espaço ao desenvolvimento de uma perigosa amizade entre os dois protagonistas, com diálogos inteligentes e um final emocionante.


Os Indomáveis é mais do que uma elegante retomada ao gênero que construiu o cinema norte-americano. É um dos melhores filmes feitos em 2007.

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Redescobrindo Peter Pan

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Como cinéfilo incorrigível (e que não quer se corrigir), amo todo tipo de manifestação cinematográfica. Mas nenhum gênero é mais encantador e atraente para mim que a animação. Muita gente torce o nariz para um tipo de filme que nunca sai de moda, mas vive se reinventando, em várias partes do mundo.

Dito isto, gostaria de destacar um dos filmes de animação mais amados de todos os tempos: Peter Pan, de 1953. Walt Disney provava a cada filme que se tratava não apenas de um animador competente, mas também de um gênio de uma indústria ainda em formação. Em Peter Pan, sua visão sempre um olhar à frente alcançou um nível jamais visto. Visto hoje, 55 anos depois (uau!), a obra ganha mais ainda o status de OBRA-PRIMA. É um filme vivo, envolvente, que aquece o coração do espectador. Dentre todas as adaptações da peça que James M. Barrie escreveu em 1904 feitas para o cinema e TV, a única que se iguala ao desenho de 1953 é a recriação de 2003, com um menino no papel de Pan pela primeira vez. Mas isso se deve ao fato de que o filme de P. J. Hogan aproveitou-se de várias ótimas idéias que Disney descartou para seu próprio filme, como a cena do filme de 2003 em que Wendy diz que vai dar um beijo em Peter, mas ele não sabe o que é um beijo, e estende a mão para recebê-lo. Para não desapontá-lo, a menina lhe dá um dedal. Esta cena foi idealizada por um dos escritores de Disney, mas acabou fora do roteiro final.

O DVD que foi lançado no ano passado traz esta e muitas outras histórias, mostrando as idéias que Disney tinha para sua adaptação, inclusive a revelação de que ele próprio já fez o papel de Peter Pan numa peça escolar, quando era um simples menino, sem nem imaginar que se tornaria um dos maiores gênios que o cinema já conheceu. Como Peter Pan, Disney seria aquele menino para sempre, até o dia de sua morte. E nem precisou do pó mágico da Sininho para isso.

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