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Ligeiramente Grávidos

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UAU! Eu devo ter nascido com o traseiro cinematográfico para a lua! Ou então eu tenho uma ótima assessoria de imprensa, porque os filmes que eu escolho assistir têm sempre algo de interessante e brilhante. Claro que no filme em questão, estamos falando de um filme do novo "Midas" da comédia americana, Judd Apatow, que conseguiu fazer das comédias grosseiras filmes sensíveis e bem próximos da realidade (vide O Virgem de 40 Anos). Ligeiramente Grávidos não tem o humor anárquico da estréia do cineasta, mas é tão fascinante e envolvente que nem dá para sentir que mais de duas horas se passaram no fim da projeção. Estrelado por Seth Rogen e Katherine Heigel, o filme conta a história de Alisson, repórter recém promovida em um grande canal por assinatura, que em uma noite de balada acaba indo para a cama com o menos provável dos caras, Ben, um boa vida que prefere uma boa sessão de filmes com nudez a qualquer outra coisa. No fim da noite, Alisson está grávida e ambos se deparam com uma das situações mais estranhas em que alguém pode se meter: o surgimento de uma nova vida. Mais do que a crônica de uma gravidez, o filme é sobre a hora certa em que todos temos que enfrentar mudanças drásticas, quando nos deparamos com novos degraus que precisam ser escalados.

Ligeiramente Grávidos é, no fim, um dos filmes mais emocionantes que foram realizados em 2007. A química entre os protagonistas, auxiliados pelo outro casal do filme, vividos por Paul Rudd e Leslie Mann, é algo pouco visto no cinema moderno. Deu tão certo para os dois artistas que Katherine Heigel virou estrela de uma hora para a outra. Não é para menos: é uma das atrizes mais lindas que já aportaram em Hollywood. Nota: 9,5.

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Entre assassinatos, estrelas e clássicos

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Os últimos dias têm sido de intensa atividade cinematográfica. E como não postei mais nada a respeito da tão venerada sétima arte, resolve jogar num post só os filmes que mais gostei.
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD - Estrelado por um Brad Pitt bem mais maduro e seguro como ator (isso todos já sabiam, desde Seven - Os sete crimes capitais), e Casey Affleck, o longa de Andrew Dominik é um deslumbre visual, recheado de poesia, algo raro em se tratando de um western sobre um dos maiores criminosos que os EUA já viram. Com atuações viscerais dos astros principais, a obra traz em um só pacote violência e drama de maneira não muito comum na indústria hollywoodiana. Casey Affleck entrega um Robert Ford angustiado, contorcido de inveja e ao mesmo tempo admiração pelo seu ídolo, o pistoleiro e líder da gangue dos Irmãos James, Jesse. Sem defender nem acusar nenhum dos personagens, o filme não traz soluções fáceis e certamente não agradará a todos os públicos: sua metragem de quase três horas pode e deverá afastar o público médio. Mas a quem tiver paixão por cinema, serão três horas de puro deleite visual, com um final fascinante e ao mesmo tempo chocante. Nota: 10


STARDUST - O MISTÉRIO DA ESTRELA - Adaptação do romance gráfico de Neil Gaiman e Charlie Vess, o filme de Mathew Vaughn (Nem tudo é o que parece) é uma fantasia romântica de encher os olhos. Tem bom humor, performances descontraídas e convincentes e os já costumeiros efeitos especiais de qualidade. O filme conta a história de Tristan, jovem apaixonado pela mais bela garota da cidade de Muralha, que promete a ela encontrar uma estrela cadente que caiu e dar a ela de presente. Ele só não contava que a tal estrela fosse uma linda mulher, impetuosa e corajosa, vivida pela eterna Julieta Claire Danes. Com Robert de Niro e Michelle Pfeiffer no elenco, Stardust é uma aventura deliciosa, que prometeria virar um clássico da Sessão da Tarde, mas isso só nos anos 80, quando os filmes da dita sessão eram aventuras deliciosas. Não é o caso hoje em dia. Nota: 8,0.


CASABLANCA - Pela segunda vez, Casablanca é ainda melhor. Para um filme de produção tão conturbada como foi este clássico dos clássicos, o resultado final da obra surpreende. De uma emoção genuína, sem pieguice nem apelação, o filme é um primor. Seja no roteiro, na ambientação ou na atuação de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Há que se elogiar também a maravilhosa performance de Paul Henreid, como Victor Lazslo, marido da Ilsa Lund de Bergman. Filmes como este não se repetem mais. Estou pronto para a terceira vez. Nota: tá brincando? 10!

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Ah, os sonhos!

Ah, os sonhos! Objetos oníricos repletos de significado e profundidade, contrariedade e obscuridade. Não falo dos sonhos que temos ao adormecer, mas daqueles que povoam nossa mente mesmo de olhos abertos, como devaneios insistentes. A essas criaturas intransigentes é que me refiro. Não são simples de manipular. Ferozes e contumazes, repetem-se em nossa tão frágil mente, que fragilmente se fragmenta em pensamentos voadores, maravilhosos torturadores.
Ah, os sonhos! Quisera eu poder tornar todos reais, palpáveis. Mas a vida, esta pessoa por vezes algoz da nossa vontade, pode ter outros planos para nós. Mais do que isso, o próprio Criador revela-se costureiro, artista da tela do nosso destino, mostrando-nos mais do Seu próprio desejo.
Diante de Sua direção, resta-nos aceitar e aguardar. Esperar, confiantes de que, quanto tudo está nas mãos de Deus, os sonhos mais importantes são aqueles que habitam em Seu coração.
Ah, os sonhos...

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